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Mutum: prefeito diz que aguarda resposta do Estado mas descarta investimento para construção de nova cadeia

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O prefeito de Nova Mutum, Adriano Pivetta (PDT), reeleito para mais quatro anos, disse que pretende continuar cobrando a construção de uma nova cadeia pública para o município. “Tiivemos em reunião com o governador Pedro Taques e o secretário de Segurança Pública. Até o momento, o Estado não nos deu nenhuma posição. A gente sabe que o governo não tem dinheiro, mas estamos trabalhando para ver se conseguimos alguma coisa”, explicou, ao Só Notícias.

Pivetta avaliou que a construção de uma nova unidade é assunto prioritário, no entanto, descartou qualquer investimento por parte do município. “O que poderíamos fazer seria alguma parceria, no sentido de doar um terreno, por exemplo. Agora, apesar de sabermos da necessidade, não acho justo colocar dinheiro nesta área e deixar de construir uma creche. O município não tem condições de fazer este tipo de investimento. Temos outros compromissos”, afirmou.

A construção de uma nova cadeia é reivindicação antiga no município. Em agosto, quatro detentos renderam agentes e, após roubarem armas e munições, fugiram. Eles foram recapturados dias depois no município de Itanhangá (210 quilômetros de Nova Mutum). Em janeiro do ano passado, duas mulheres doparam dois agentes e 27 presos fugiram pela porta da frente da cadeia.

Este ano, após a fuga, o Ministério Público Estadual abriu inquérito para apurar as providências tomadas para construção da unidade prisional. O promotor Henrique Pugliesi levou em consideração um relatório apresentado pela direção da atual cadeia pública, apontando superlotação. Segundo o levantamento, o local tem capacidade para 65 detentos, no entanto, 142 estavam presos até o final de junho, dos quais 53 eram condenados.

Para o promotor, a cadeia, localizada no centro da cidade, ainda traz “imensos riscos” para a sociedade mutuense, pois “o risco de fuga em massa é constante (como ocorreu em 2015)”. Ainda segundo Henrique, “a situação agrava-se pela carência de servidores, pois existe 15 agentes prisionais lotados na unidade, sendo que apenas três ficam no plantão para realizar rondas, atendimentos e escoltas (local e intermunicipais)”.

O promotor também levou em consideração um relatório de fiscalização feito na unidade prisional no mês passado, pela Comissão Provisória dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Na ocasião, foi constatada a “precariedade da estrutura” da cadeia atual, que não conta, segundo o documento, com alvarás do Corpo de Bombeiros e Vigilância Sanitária.

No ano passado, Pivetta cobrou do governo estadual a construção de uma nova cadeia no município, distante do centro. Na oportunidade, o gestor reforçou as diversas cobranças sobre o assunto feitas pelo município ainda durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). 

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