O presidente da câmara, Luiz Carlos Gonçalves, disse, esta manhã, que Nova Mutum deve entrar em estado emergência devido os problemas causados pelas constantes chuvas que deixaram várias estradas vicinais em estado crítico. Ele conversou com o prefeito Adriano Pivetta (PDT) e foi informado que o decreto deve ser assinado nas próximas hora. Além das dificuldades enfrentadas pelos produtores rurais que estão colhendo a soja, outro agravante são pontes danificadas. “Chegamos a uma situação que ninguém esperava. Prejuízos já são registrados e o que resta é torcer para que as chuvas de uma trégua e os produtores possam dar sequencia aos trabalhos” disse o presidente. Com decreto, a prefeitura pode contratar de forma emergencial empresas e serviços sem licitação, o que agiliza as soluções neste período difícil. O município de Sorriso também deve tomar a mesma decisão.
A prefeitura tem feito trabalho emergencial para eliminar alguns pontos críticos em estradas de acesso às fazendas, mas tem chovido praticamente todos os dias e há dificuldades para fazer a recuperação. Há poucos dias, Pivetta se reuniu com produtores para avaliar os problemas. Cerca de 30% da safra foram colhidos e com as chuvas há atraso na colheita.
O secretário de Obras, Onésio Botelho, explicou, através da assessoria, que a situação mais complicada está na região da comunidade São Manoel. "Estamos com maquinários no local fazendo uma operação emergencial", disse. Ele disse que há trafegabilidade na maioria dos 2 mil km de estradas vicinais.
O presidente da câmara municipal, que também preside o Sindicato Rural, defendeu hoje, durante sessão da câmara, a supensão do pagamento do Fundo Estadual de Transporte e Habitação FETHAB, alegando que os produtores não vem obtendo o devido retorno. Ele pretende mandar ofício para Aprosoja e Famato expondo que os órgãos representativos devem buscas orientação jurídica para que os depósitos dos valores devidos ao fundo destinado para estradas e habitação, sejam realizados até que a situação das rodovias estaduais sejam resolvidas pro definitivo pelo governo. Ele lembrou que o imposto é destinado exclusivamente para habitação, manutenção e construção de rodovias estaduais, "o que há muito tempo não tem seu fim atingido em Mato Grosso. É injusto a classe continuar contribuindo sem ter o retorno garantido", concluiu.
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