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Municípios do Nortão se reúnem para buscar saída econômica

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Cinco, dos seis municípios pertencentes à Unmat (União dos Municípios do Nortão) estiveram reunidos ontem em Carlinda com o intuito de discutir a viabilidade da implantação da avicultura na região. Estiveram presentes, além do prefeito local, Orodovaldo Miranda, os prefeitos de Paranaíta, Pedro Alcântara, de Nova Bandeirantes, Valdir Barranco e Silda Kochemborger, de Apiacás, além do vice-prefeito de Alta Floresta, Clóvis Boldrini.

Outra presença importante foi do deputado estadual Pedro Satélite, que pretende servir como uma espécie de “ponte” entre as pretensões dos municípios e os órgãos estaduais, como a secretaria de Indústria e Comércio e secretaria de Agricultura. Participaram também os secretários de agricultura dos municípios.

Não é a primeira vez no ano que os prefeitos se reunem para discutir assuntos comuns aos seis municípios (Monte Verde não esteve presente, mas faz parte da Unmat). Neste ano, em função da crise da madeira, pelo menos outras duas reuniões foram realizadas, uma delas ante à presença do governador Blairo Maggi, em seu gabinete, na capital estadual. A individualidade do passado, ficou para trás.

Para a implantação da avicultura, os prefeitos têm como exemplo a cidade matogrossense Nova Marilândia, que também viveu as mazelas do garimpo e que buscou no pequeno produtor a solução para sua identidade econômica. A avicultura foi implantada e o sucesso da “empreitada” levou o prefeito Pedro Alcântara à fazer uma visita. Os dois se mostraram muito empolgados com a possibilidade de implantar esse tipo de economia na nossa região. Carlinda, através do secretário de agricultura do município, Indalécio Kruguer, também já tinha feito ações, em outras esferas, no sentido de viabilizar a vinda da Sadia para sua cidade. O secretário de agricultura de Alta Floresta, Leocir Delani, já tem experiência com avicultura. Foi dele o projeto de implantação do Frango Crystalino, em Alta Floresta. O empreendimento não foi em frente, mas não por causa da parte técnica e sim por outros fatores.

“Para criar frango é preciso ter água, estradas, energia e gente. Isso tudo a gente tem aqui”, disse o deputado, apostando que grandes grupos poderão virar suas atenções para a região, desde que incentivados para isso.

Ao final da reunião definiu-se pela criação de uma comissão formada por secretários que estarão subsidiando os prefeitos com dados técnicos e de potencialidades de seus municípios. Os dados deverão ser apresentados aos proprietários do Grupo Sadia, que estarão na próxima semana em Mato Grosso. “Na semana que vem, casualmente, os proprietários da Sadia estarão em Cuiabá”, disse Satélite, que ainda revelou que tentará uma audiência com o secretário de Industria e Comércioo e Mineração do Estado, Alexandre Furlan, para já iniciar uma discussão da possibildiade da participação do estado neste projeto.

Por telefone, o secretário revelou que o governo federal tem intenção de “ajudar” a região a encontrar novas alternativas econômicas, isso por causa da crise gerada em função da pressão ecológica que culminou com a quase paralisação do setor madeireiro. “O governo federal tem de achar uma solução para esse povo”, teria dito Furlan ao deputado.

O prefeito Pedro Alcântara revelou que a avicultura, se implantada na região, terá retorno a curto prazo para os produtores. Ele disse que o frango demora cerca de 45 dias para ir para abate e que gera um grande número de empregos diretos e indiretos, mas que, principalmente, fortalece aos pequenos produtores. “É uma coisa que dá certo, é uma coisa rápida, agora nós vamos ver a nossa demanda e procurar a Sadia, ou a Perdigão, para que possa montar aqui um frigorífico de frango”, disse ele.

O sucesso da reunião, foi comemorado pelo prefeito Valdir Barranco, de Nova Bandeirantes. Ele se disse satisfeito com o fim do individualismo e com essas buscas de soluções em conjunto entre os prefeitos. “Pra mim, particularmente, não existe mais indidualidade, ela é coisa do passado”, comemorou, reconhecendo que nesta união, são respeitadas as posições individuais de cada município. “O que eu penso sobre o desenvolvimento da região, é que é um desenvolvimento em cascata, porque, não importa onde seja instalado a fábrica, a industria, mas todos os municípos irão se beneficiar, particulamente com relação à produção e desenvolvimento da região”, disse.

Esta também foi a opinião da prefeita Silda Krochemborger, de Paranaíta que revelou a importância da definição de novas viabilidades econômicas para região. Para ela é preciso dar condições para que os municípes permaneçam em cada município e a avicultura seria uma das saídas. “Nós vamos trabalhar, reivindicar, para que a gente tenha uma base eocnômica sustentável para a região”, disse.

A possibilidade de uma saída a curto prazo, é defendida também pelo vice-prefeito de Alta Floresta, Clovis Boldrini, que defendeu a união dos seis municípios em torno da avicultura, lembrando também que a agricultura ganha com a presença da indústria do frango na região. “A ração vai depender do plantio de milho, que é fácil de produzir aqui. Vejo isso como uma saída emergêncial e até rápida pra nós”, disse.

Anfitrião da reunião, o prefeito Orodovaldo Miranda mostrou-se otimista com a primeira reunião, que classificou como um “ponto de partida” valendo-se de que será necessário agregar mais pessoas que tenham a mesma linha de pensamento no sentido defender a bandeira. “A gente fomenta muitas ações e uma tem que acontecer”, disse Miranda, mostrando-se feliz pela organização da comissão e a união dos municípios na tentaiva de criar um polo da avicultura no nortão. “O caminho é esse, as alternativas virão e a gente tem correr e mostrar nossa vontade”, finalizou.

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