Prefeitos e parlamentares mato-grossenses tentam agendar, na próxima semana, audiência com o presidente Lula para tratar sobre o decreto que proíbe novos desmates em 19 municípios apontados, pelo INPE, entre os maiores devastadores da Amazônia. Eles entregarão uma carta de intenções elaborada ontem, em uma audiência com deputados. Uma das atitudes que pode ser tomada é o fechamento das prefeituras, em protesto à decisão do governo federal. Os municípios podem ser prejudicados economicamente com os efeitos da medida que impediriam, por exemplo, abertura de novas áreas para agricultura e extração de toras selecionadas para atividade madeireira.
Está marcada, para o dia 29, com a direção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para discutir o conteúdo e efeitos do decreto 6.321 que determina a exclusão de propriedades localizadas nos municípios que mais desmatam, de acesso aos financiamentos públicos. Novas autorizações só serão emitidas para imóveis que possuam a certificação do georreferenciamento expedida pelo Incra.
Entre março e abril, o instituto fará o recadastramento de todas as propriedades. Porém, os municípios questionam os dados do Inpe sobre os números de áreas desmatadas. A Secretaria do Estado de Meio Ambiente inicia na próxima semana uma vistoria nesses pontos.
(Atualizada às 09:44hs)