O Ministério Público Federal, do Distrito Federal, instaurou, hoje, investigação cível para apurar suposta fraude ocorrida em procedimento administrativo do Ministério das Cidades para avaliar o projeto de mobilidade urbana para atender à Copa do Mundo 2014 em Cuiabá. O MPF em Mato Grosso também analisará o caso para avaliar a repercussão da suposta fraude na execução da obra.
Segundo matéria publicada pelo jornal O Estado de São Paulo, um documento forjado pela diretora de Mobilidade Urbana da pasta adulterou o parecer técnico que vetava a mudança do projeto do governo de Mato Grosso de trocar a implantação de uma linha rápida de ônibus (BRT) pela construção de um Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT).
A fraude teria ocorrido em uma nota técnica de 8 de agosto deste ano, produzida pelo analista de infraestrutura Higor de Oliveira Guerra, que era contrária à troca de modal de BRT para VLT. Depois de receber ordens superiores, o documento teria sido adulterado por Cristina Maria Soja, gerente de Projetos do Ministério das Cidades, e Luiza Gomide de Faria Vianna, diretora de Mobilidade Urbana do órgão, para demonstrar posicionamento favorável da área técnica.
O objetivo da investigação do MPF no DF é apurar possível prática de improbidade administrativa por gestores do Ministério das Cidades. A repercussão da mudança aprovada pela pasta na execução da obra – custos, financiamento, impactos, etc. – será analisada pelo Ministério Público Federal em Mato Grosso, que já vinha fazendo esse acompanhamento em procedimento investigatório prévio às denúncias divulgadas hoje.