O promotor Marcos Henrique Machado afirmou ontem, logo após o fechamento das urnas, que o Ministério Público Eleitoral continuará investigando a distribuição de panfletos apócrifos na véspera da eleição contra o prefeito Wilson Santos (PSDB). Outra preocupação será a prestação de contas de todos os candidatos que participaram do pleito.
Sobre os panfletos que traziam críticas a Wilson e seu vice, Chico Galindo (PTB), Marcos Machado ressalta que, apesar de presunção de autoria recair sobre o candidato Mauro Mendes (PR), só a investigação do MPE poderá resultar na responsabilização dos autores do crime. “Pelo fato da calúnia e difamação serem crimes de natureza pública, o MP que deve tomar alguma providência”, pondera.
A procuradora regional eleitoral, Léa Batista de Oliveira, deve reunir os promotores eleitorais na quarta-feira (29) para discutir as medidas a serem tomadas pelo Ministério Público. “Outra coisa que deve ser observada é que os dois candidatos não apenas entregaram material gráfico ao eleitor, como poderia ser feito até a noite de sábado, mas também jogaram material de tal forma que acabou virando lixo público. Isso não deveria ter ocorrido dessa forma”, completa. Já a movimentação financeira será investigada a partir do cruzamento da prestação de contas e as informações repassadas no início da campanha por todos os candidatos.
Lisura – Apesar do Ministério Público ter recebido várias denúncias de compra de votos, Marcos Machado considerou ontem que não foi encontrado nenhum indício que leve à anulação do pleito. Segundo ele, isso leva a crer que o prefeito eleito terá legitimidade para conduzir a próxima administração. A campanha no segundo turno foi marcada pela troca de acusações de Mauro e Wilson sobre o suposto abuso de poder econômico.