Furar a fila, contar umas mentirinhas, falsificar as notas da escola. Essas atitudes tidas como práticas comuns entre algumas pessoas configuram um crime bastante conhecido pelos brasileiros: a corrupção. Pensando em prevenir, não apenas combater o problema, os Ministérios Públicos de todo o país estão engajados na campanha ‘O que você tem a ver com a corrupção?’, que tem como público alvo crianças e adolescentes.
No lançamento que aconteceu neste domingo,16/03, em Brasília, a Procuradoria Geral de Justiça de Mato Grosso foi representada por três membros da instituição, o procurador-geral de Justiça, Paulo Roberto Jorge do Prado, e os promotores Marcelo Ferra de Carvalho e Célio Joubert Fúrio.
O material aborda temas ligados ao cotidiano das crianças e que, apesar de parecerem atos simples, são considerados corrupção, mesmo que estejam em níveis diferentes. Além disso, estimula a pensar quanto vale a consciência de cada um e se as atitudes diárias são importantes.
Idealizada em 2004 pelo Ministério Público de Santa Catarina, a campanha foi aprimorada pela Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) e pelo Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais de Justiça (CNPG).
Segundo o promotor do Patrimônio Público de Cuiabá e coordenador da campanha em Mato Grosso, Célio Joubert Fúrio, o tema veio no momento certo, principalmente por se tratar de ano eleitoral, ‘as pessoas precisam se conscientizar de que a probidade é o único caminho para se produzir um Estado e regime democrático mais fortes’.
O secretário-Geral da Conamp e promotor de Justiça, Marcelo Ferra de Carvalho,
lembrou que será fundamental o envolvimento dos promotores em suas respectivas Comarcas .’Seremos multiplicadores de uma causa que poderá mudar a realidade de toda uma nação, pois quem paga o preço da corrupção é a sociedade.’
Para o procurador-geral de Justiça, Paulo Roberto Jorge do Prado, o lançamento pretende ser o início de uma ampla mobilização nacional contra esse problema social que custa aos cofres públicos cerca de R$ 1,5 bilhão de reais por ano, como apontou o Instituto Econômico Suíço feito em 2007. ‘O projeto tem caráter educativo e busca conscientizar a sociedade a partir de um diferencial que é o incentivo à honestidade e transparência das atitudes do cidadão comum, destacando atos rotineiros que contribuem para a formação do caráter’.