O Ministério Público de Peixoto de Azevedo entrou hoje, com pedido de liminar contra o atual prefeito, Hermenegildo Bianchi, para que seus bens -e que outros acusados- no valor de R$ 300 mil fiquem indisponíveis. A ação é resultado de uma investigação sobre uso de máquinas da prefeitura em benefício do prefeito e do ex-secretário de obras Everaldo Brandão, ano passado. Máquinas da prefeitura, que estariam trabalhando em uma fazenda há cerca de 250 km da sede do município, foram apreendidas. O MP quer ainda defende perda da função pública; perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos.
No local foram feitos cerca de 27 km de cascalhamento de estradas, um aeroporto para pousar pequenos aviões, uma ponte, avaliada em R$ 50 mil, além do cascalhamento do curral. As benfeitorias realizadas na fazenda podem chegar a aproximadamente
R$ 300 mil, valor que deve ser confimado através de perícia ja requerida pelo MP.
“Enquanto o maquinário público deveria arrumar as estradas que dão acesso às escolas públicas da zona rural e as ruas da cidade que, sequer precisamos mencionar o péssimo estado em que se encontram, estavam a executar serviços particulares pelos quais os requeridos recebiam”, destaca a liminar. O promotor, em companhia da Polícia Militar, no dia 18 de maio de 2007, por volta das 12h40, foi até a fazenda e flagrou os maquinários e funcionários da prefeitura realizando as benfeitorias. O promotor frisa que não existe qualquer registro desses trabalhos na municipalidade.
Hermenegildo assumiu a prefeitura no ano passado, após o afastamento da prefeita Baiana Heller, acusada de facilitar um esquema de desvios da prefeitura. Além dela, três secretários respondem processo.
Outro lado
O prefeito Hermegildo Bianchi disse, ao Só Notícias, que ainda não foi notificado sobre a liminar e que nunca determinou serviços em áreas particulares.
(Atualizada às 18h08)