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Mobilização de produtores chegará ao Ministério da Fazenda

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Mato Grosso vai participar, com outros cinco Estados produtores brasileiros que estão sofrendo os impactos da atual crise agrícola, uma mobilização junto ao ministro da Fazenda, Antônio Pallocci, para buscar soluções concretas e viáveis que possam minimizar a atual crise.

Uma das alternativas citadas por produtores e também reforçada pelo governador Blairo Maggi, que participou nesta terça-feira da mobilização SOS Rural, realizada em oito municípios-pólo de Mato Grosso, é a da concessão de financiamento do FAT, instrumento que conta com juros inferiores aos praticados por outras instituições financeiras.

“A atual política de macroeconomia adotada para conter a inflação está implodindo a economia brasileira. Nosso Estado, que contribui positivamente na balança comercial do País, não há como desenvolver industrialização que não seja no setor agrícola. Portanto, é daqui que sai o empenho para que seja garantida a continuidade no desenvolvimento de Mato Grosso e vamos mostrar ao Governo Federal que a política está errada”, garantiu Maggi durante a mobilização realizada em Tangará da Serra (239 km a Médio-Norte de Cuiabá), que reuniu representantes do setor produtivo da região na MT-358.

Um dos principais pólos de produção do Estado, a região de Tangará escoa grande parte do que é produzido pelo corredor Noroeste de exportação, porém, a má trafegabilidade das rodovias federais que cortam o Estado até Rondônia e a atual crise do setor reduzem a competitividade e fazem um dos principais pontos da cadeia produtiva, o transporte, ser onerado em mais de 50%. “A precariedade das estradas e a crise enfrentada pelo setor causaram diversos impactos que puxam outras defasagens, como por exemplo o acréscimo no preço do frete praticado no Estado, pois estamos com valor do ano passado, enquanto que o valor do diesel foi reajustado pelo Governo Federal”, protestou o caminhoneiro Denílson Mira, de Tangará da Serra.

O prefeito de Tangará da Serra, Júlio César Ladeia, reforçou a necessidade da união dos diversos setores econômicos em torno da situação, uma vez que os impactos são refletidos da indústria ao comércio. “Sem união, a quebradeira será de todos. Se não tivermos renda entrando para o Estado, as conseqüências serão sentidas nos Municípios. No setor comercial, inclusive, que gera muitos empregos também no Interior. O momento também é de criar um mecanismo de prevenção para outros possíveis momentos que possam surgir”, alertou.

Os problemas com a seca, em várias regiões do Estado, excesso de chuva em outras e a ferrugem asiática durante o desenvolvimento de commodities como soja, algodão e milho elevaram o custo de produção em 35%, em relação à safra 2003/2004. Considerando a cotação do dólar na época, a R$ 3,10, na hora do plantio e, hoje, na comercialização da safra, a moeda americana está valendo cerca de R$ 2,40, deixando a receita do produtor muito inferior à despesa.

“O que o Governo estadual busca é apoiar e buscar construir uma ponte do que vinha sendo praticado no passado e erguer junto com as classes política e produtiva uma nova forma de dar continuidade ao desenvolvimento que vem sendo conquistado em Mato Grosso. Queremos que a manifestação seja sentida também em Brasília, pois o Estado não vai perder tudo aquilo já conquistado e consolidado”, garantiu Maggi, chamando atenção também dos produtores para a defesa da legalidade. “Ninguém, principalmente o Governo, vai defender algo fora da legislação. Portanto, vamos garantir que tudo seja realizado dentro do que está previsto, e buscar a garantia da engrenagem econômica de nosso Estado”, finalizou.

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