A Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) recebeu nesta segunda-feira a visita do ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo César Alvim, que conheceu iniciativas e ações da instituição para incentivar e aumentar a competitividade da indústria por meio de tecnologia e inovação.
Foram apresentados ao ministro números sobre a economia e a indústria de Mato Grosso, que é o estado que registra o maior crescimento produção industrial do Brasil. Conforme dados do IBGE, de janeiro a julho deste ano, alta foi de 23,2%. O segundo lugar registro, a Bahia, registrou aumento de 7,9%. Apesar dos avanços, a Fiemt defende que o estado e o país precisam de mais investimentos e políticas públicas para que a produção industrial tenha maior participação na economia brasileira.
Para Gustavo de Oliveira, presidente da Fiemt, um dos caminhos é o investimento em tecnologia e inovação. “Mostramos números da agroindústria, bioeconomia e o potencial na região amazônica neste novo cenário econômico mundial. E sabemos que muito mais do que uma agenda de sustentabilidade, essa é uma agenda de tecnologia”, afirmou.
O ministro afirmou que o ministério trabalha e investe em ações e produção de conhecimento cientifico e tecnológico com o objetivo de desenvolver todos os setores da economia brasileira e que a indústria faz parte dessa estratégia de desenvolvimento. “Via conhecimento científico e tecnológico podemos agregar valor à produção de alimentos e de energia limpa. Temos aqui em Mato Grosso diversas oportunidades que vão trazer novo ciclo de desenvolvimento industrial, mas dentro de uma lógica de sustentabilidade”, ressaltou.
O vice-presidente da Fiemt e presidente do Sindicato de Bionergia de Mato Grosso, Silvio Rangel convidou o ministro para conhecer uma indústria de produção de etanol de milho (algumas estão em funcionamento no Nortão) e ver de perto todo o processo de produção dessa fonte de energia limpa e renovável. A indústria de etanol de milho de Mato Grosso é responsável por 77% da produção desse biocombustível no país.
A produção do etanol de milho ocasionou uma mudança no perfil da indústria de bioenergia mato-grossense, que passou do 7º para o 3º lugar no ranking de produção de etanol brasileiro, com expectativa de produção de 4,5 bilhões de litros de etanol na próxima safra. “Queremos apresentar as inovações tecnológicas e de mercado que contribuem para o abastecimento de combustíveis renováveis no mercado brasileiro de maneira competitiva e sustentável, integrando a produção de energia, combustível e proteínas, fortalecendo a economia e gerando emprego e renda”, declarou, através da assessoria.