PUBLICIDADE

Ministro Mandetta anuncia que foi demitido; Bolsonaro agradece seu trabalho e anuncia Teich

PUBLICIDADE
Só Notícias (foto: Marcelo Camargo/Abr/arquivo - atualizada 16:29h)

O médio Luiz Henrique Mandetta acaba de publicar, em sua conta no Twitter, que não é mais ministro da Saúde. “Acabo de ouvir do presidente Jair Bolsonaro o aviso da minha demissão do Ministério da Saúde. Quero agradecer a oportunidade que me foi dada, de ser gerente do nosso SUS, de pôr de pé o projeto de melhoria da saúde dos brasileiros e de planejar o enfrentamento da pandemia do coronavírus, o grande desafio que o nosso sistema de saúde está por enfrentar”, disse.

“Agradeço a toda a equipe que esteve comigo no MS  (ministério da Saúde) e desejo êxito ao meu sucessor no cargo de ministro da Saúde. Rogo a Deus e a Nossa Senhora Aparecida que abençoem muito o nosso país”, declarou Mandetta.

Pouco depois, em entrevista coletiva, ele reforçou: “deixo ministério com agradecimento ao presidente (Bolsonaro) por ter me nomeado” e por ter tido liberdade para montar sua equipe técnica. Ele agradeceu muito os secretários e toda a equipe do ministério e pediu apoio para o futuro ministro para que a “transição seja suave”. Mandetta disse também que deixa o governo com “missão cumprida”.

A demissão dele era esperada desde o início da semana após novos capítulos da crise entre ele e Bolsonaro por conta da condução das medidas de combate ao Coronavírus. Mandetta defende maior isolamento social para evitar maior contágio, mais mortes e sobrecarga no SUS. Bolsonaro tem defendido a necessidade de indústrias e empresas não pararem totalmente suas atividades para não surgir uma crise maior com desempregados e milhares de famílias em situação crítica.

Ontem, em entrevista a revista Veja, já ciente que seria dispensado, e apontou que as definições internas do governo para combater o crescimento da pandemia não estavam sendo colocadas em prática. “Você vai, conversa, parece que está tudo acertado e, em seguida, o camarada muda o discurso de novo. Já chega, né? Já ajudamos bastante”, disse, referindo-se a Bolsonaro ter se aproximado de pessoas após vistoria as obras de hospital de campanha em Goiás, semana passada.

Bolsonaro anunciou, há pouco, que o oncologista e empresário Nelson Teich, com quem conversou pela manhã, com alguns ministros da chamada ‘ala militar’, vai suceder Mandetta. O presidente disse que a saída dele foi “de comum acordo” pelas diferenças de rumos a seguir. “Sempre falamos em vida e emprego. Nunca em economia de forma isolada. Nunca. O presidente acrescentou que “‘é direito do ministro defender seu ponto de vista como médico e entender a questão de emprego não foi a forma que esperava”. “Não condeno, não critico o ministro Mandetta. Ele fez como médico o que deveria fazer”, reconheceu o presidente.  “Junto com vírus vem uma máquina de moer empregos”, acrescentou.

“Desde o começo busquei levar mensagem de tranquilidade. O clima de quase terror se instalou na sociedade e isso não é bom. Uma pessoa que vive sob tensão, histeria, é pessoa propensa a ter novas doenças. Entendemos perfeitamente a gravidade da situação. Gostaríamos que ninguém perdesse a vida. Minha mãe tem 93 anos com comorbidade e espero que viva por muito tempo”, emendou Bolsonaro.

“A vida não tem preço, mas a economia, o emprego tem que voltar a normalidade. Não o mais rápido possível, mas tem que ser flexibilizado”, afirmou.

O novo ministro mostrou alinhamento com o presidente Bolsonaro na flexibilização do isolamento, priorizando as ações de ciência.

Teich é carioca, formou-se na UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) que se formou em medicina em 1980), atuou na campanha de Bolsonaro no plano de governo da saúde e também fez consultoria em gestão de saúde de 2010 a 2011 para o Hospital Israelita Albert Einstein.

 

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE