O ministro Antônio Saldanha Palheiro, do Superior Tribunal de Justiça negou, esta tarde, habeas corpus para o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e seu filho Rodrigo ambos presos no Centro de Custódia da Capital, acusados integrarem uma quadrilha que cobrava propina de empresários que mantinham contratos com o Estado. Ele também negou liberdade ao ex-secretário chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf.
Rodrigo Barbosa aguardava a apreciação do habeas corpus desde o dia 3 de maio, quando contestou uma decisão proferida pelo desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Alberto Ferreira de Souza, que negou a liminar em habeas corpus. A justiça estadual já aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público contra Silval, o filho e mais 15 pessoas que são processaodas por lavagem de dinheiro, concussão, extorsão, tentativa de fraude à licitação, corrupção ativa e passiva, fraude processual e organização criminosa.
Consta na peça acusatória que Rodrigo Barbosa tinha como tarefa “identificar aliados e ‘fonte de receita’ para o grupo criminoso e arrecadar a parte da vantagem indevida que cabia a Silval Barbosa”. Conforme o MPE, o médico recebeu propina de 85% do montante de R$ 510 mil pago pelo empresário Júlio Minori Tisuji, dono da empresa Web Tech Softwares, que tinha contrato com o Estado.
Silval é apontado como o chefe da quadrilha e Nadaf, segundo a defesa também ocupava importante papel dentro da organização criminosa. As investigações da 3ª fase da Sodoma apontam que o grupo recebeu R$ 17,5 milhões em propina empresa Consignum, de propriedade do empresário Willians Paulo Mischur, delator do esquema depois de ter sido preso na 2ª fase da operação.
Silval e Nadaf estão presos desde setembro de 2015 quando a Polícia Civil por meio da Delegacia Fazendária (Defaz) deflagrou a 1ª fase da Operação Sodoma. Rodrigo foi preso na 3ª fase da Sodoma, em 25 de abril.