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Ministro do STJ manda soltar ex-secretário da Casa Civil Paulo Taques

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O ex-secretário da Casa Civil Paulo Taques, preso desde sexta-feira, por suposta participação no esquema de grampos telefônicos ilegais feitos por alguns integrantes da Polícia Militar deve sair do centro de custódia da capital nas próximas horas. A ordem para soltá-lo foi dada, esta tarde, pelo ministro do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Reynaldo Soares da Fonseca, que deferiu o pedido de habeas corpus. A decisão ainda não foi publicada e não foram dados mais detalhes da decisão que derrubou a sentença do desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Orlando Perri, que apontou Paulo de ter ordenado à execução dos grampos ilegais ocorridos na modalidade “barriga de aluguel”. O procurador geral em exercício em Mato Grosso havia manifestado parecer contra o pedido de prisão, feito pela Polícia Civil.

Paulo foi preso por suposta participação no esquema de grampos ilegais e teriam sido gravadas conversar depolíticos, médicos, empresários, jornalistas, um desembargador aposentado, além da ex-servidora Tatiane Sangalli Padilha, cujo nome teria sido inserido nas escutas por exigência do próprio ex-secretário. O caso só veio à tona através da denúncia do promotor de Justiça e ex-secretário de Segurança Pública, Mauro Zaque. A suspeita é de que as escutas tenham ocorrido desde as eleições em 2014 e “formalizada” através da “Operação Forti”, utilizada como pano de fundo para a inclusão ilegal de números na interceptação telefônica.

O ex-secretário também é acusado de ter se utilizado de sua influência com outras autoridades para obter benefícios indevidos. Ele teria peticionado, através de seu escritório de advocacia, diretamente ao secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas, pedindo cópia do procedimento que tramitava sob sigilo.
O objetivo era tomar conhecimento sobre a existência de investigação, ou não, contra sua pessoa, acerca dos fatos ocorridos em Lucas do Rio Verde onde ele teria praticado o crime de interceptação telefônica ilegal durante eleições municipais em 2016.

Além disso, Paulo Taques também teria acesso irrestrito ao Palácio Paiaguás, já que o atual secretário José Adolpho Vieira era, desde o inicio da gestão, o braço direito de Paulo Taques na Casa Civil e o irmão dele, Ênio Carlos, trabalha no escritório advocatício de Taques.

Além de Paulo Taques, foram presos por suposta participação nos grampos ilegais os ex-secretários chefe e adjunto da Casa Militar, coronéis Evandro Ferraz Lesco e Ronelson Barros, o ex-Comandante Geral da PM, coronel Zaqueu Barbosa, o cabo da Polícia Militar, Gerson uLuiz Ferreira, o tenente-coronel Januário Batista e o cabo Euclides Torezan, sendo que os dois últimos já foram soltos. 
 

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