O ministro Luiz Fux, do STF, disse, há pouco que as delação do ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa envolvendo casos de corrupção em seu governo é "monstruosa" e que, "depois da Lava Jato é a maior operação. Silval trouxe material, mas não foi homologada ainda”, disse o ministro, antes de iniciar a sessão do Supremo Tribunal Federal. Fux não mencionou detalhes nem quando deve ser homologada.
Silval saiu da cadeia recentemente (ficou mais de um ano e meio preso em Cuiabá) por casos de corrupção e, nas últimas semanas, prestou depoimentos para a juíza Selma de Arruda confessando propina no caso da compra de um terreno por parte do governo estadual que rendeu cerca de R$ 10 milhões em propina. Ele já apontou como envolvidos em casos de corrupção o seu ex-secretário da Casa Civil, Pedro Nadaf e no depoimento explicou que soube pela ação penal que Pedro Nadaf ficou com R$ 500 mil e que o combinado era cada um dos envolvidos ficar com R$ 600 mil. "Eu conheço que eu autorizei que o Pedro pudesse fazer acordo em relação aos R$ 10 milhões. O restante ele pudesse fazer acordo. Eu não falei pra eles o quanto ia voltar, eu sabia que ia voltar R$ 10 milhões e depois o Pedro ia fazer a divisão”, disse Silval se referindo a Pedro Nadaf, Chico Lima (ex-procurador do Estado) e Afonso Dalberto (ex-presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso)", disse, no depoimento à justiça estadual.
Em depoimento no último dia 17, também para a juíza Selma Arruda, Silval confessou em depoimento que recebeu propina do empresário e dono da Consignum, Willians Mischur, por meio do ex-secretário de Estado de Administração, César Zílio. Ele afirmou que ficou acertada uma propina mensal de R$ 400 mil, dos quais R$ 200 mil a R$ 250 mil chegavam diretamente para suas mãos e que em aproximadamente 30 meses totalizariam R$ 7 milhões.
Em instantes mais detalhes
(Atualizada às 16:44h)