O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), disse que o governo federal busca priorizar a duplicação da rodovia a partir de Sinop até Miritituba (cerca de 900 km). A pista é simples e passou a ter, nos últimos 3 anos, grande movimento de carretas que escoam a safra agrícola, madeira e demais produtos até o porto paraense. A duplicação é uma das principais cobranças das lideranças mato-grossenses e paraenses. “Agora estamos trabalhando para destravar, com a otimização dos contratos, a duplicação de Sinop até Miritituba, no Pará, para facilitar o escoamento da produção em Mato Grosso, que é o Estado que mais cresce em produção no país”, declarou Renan.
Pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) divulgada, ontem, confirma o impacto das más condições das rodovias na competitividade dos produtos de Mato Grosso que vão para a exportação e ainda indica a necessidade de investimentos de R$ 3,8 bilhões em estradas. 75,9% da malha rodoviária pavimentada avaliada em Mato Grosso apresenta algum tipo de problema, sendo considerada regular, ruim ou péssima. Apenas 24,1% da malha é considerada ótima ou boa.
O levantamento foi realizado em 5.900 km de rodovias mato-grossenses. Sobre a sinalização, 58,9% da extensão da malha rodoviária da região é considerada regular, ruim ou péssima; 41,1%, ótima ou boa;
5,6% está sem faixa central; e 9,9% não tem faixas laterais. A geometria da via (traçado) tem 71,3% da extensão da malha rodoviária do estado com algum tipo de problema; 28,7% está ótima ou boa; as
pistas simples predominam em 92,8%; falta acostamento em 60,1% dos trechos avaliados; e 41,4% dos trechos com curvas perigosas não têm sinalização.
A pesquisa constatou que há sete pontos críticos no estado. O prejuízo gerado por acidentes foi de R$ 494,65 milhões em 2022. No mesmo ano, o governo gastou R$ 69,62 milhões com obras de infraestrutura rodoviária de transporte. A CNT estima que haverá um consumo desnecessário de R$ 71,2 milhões de litros de diesel devido à má qualidade do pavimento da malha rodoviária no estado. Esse desperdício custará R$ 468,47 milhões aos transportadores. Do total de recursos autorizados pelo governo federal, R$ 394 milhões este ano, para a infraestrutura rodoviária, especificamente em Mato Grosso, foram investidos R$ 25,06 milhões do começo do ano até setembro.
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