O ministro da Defesa, Nelson Jobim, comentou durante a visita ao estado parte das ações que estão sendo realizadas em sua pasta no sentido de conter a crise no espaço áereo brasileiro.
Ele informou que a partir de segunda-feira, tratará da exoneração do presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), José Carlos Pereira, que será substituído pelo atual presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Sérgio Gaudenzi.
E que solicitará um levantamento da situação aos atuais responséveis: “As vacas magras são difíceis de acabar. A partir da semana que vem, vamos avaliar a perspectiva geral orçamentária, nas linhas da determinação que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez aos ministros da Fazenda e do Planejamento. Vou pedir um levantamento orçamentário do que temos hoje e também designar um novo nome para o setor financeiro do ministério”.
Quanto à questão do aumento das passagens aéreas, o ministro se manifestou contrário e deixou claro que o assunto será discutido após a posse de Gaudenzi no controle da Infraero. “Apesar da alegação de representantes do setor aéreo de que o aumento seja necessário para a manutenção dos aeroportos, eu não creio que seja esse o caminho. Nós podemos discutir, inclusive, os insumos aeronáuticos para manter essa linha, mas essa discussão só irei começar a partir da substituição da presidência da Infraero”, enfatizou, em entrevista coletiva.
O tema aviação regional também foi tratado, depois que o ministro demonstrou interesse em incentivar o segmento com apoio às empresas menores.
“Temos que estabelecer qual o privilégio que as empresas regionais irão receber em todo o país. Isso está sendo examinado para discutir que tipo de política pública será preciso desenvolver nesse complexo de revisão da malha aérea brasileira. Em breve vamos começar estudos nesse sentido para estabelecer algo consistente, a curto prazo, considerando as diferenças geográficas de deslocamento existentes em nossas cidades. O exame deferá ser feito com a colaboração e a competitividade dessas empresas aéreas”, disse.