O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, afirmou esta manhã, que não é necessária a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as denúncias de corrupção em sua pasta pois as acusações podem ser investigadas pela Justiça e por outros meios. Paulo Passos assumiu o Ministério dos Transportes recentemente, depois do pedido de demissão de Alfredo Nascimento, que deixou o cargo após denúncias de corrupção na pasta. Passos é do PR mas foi escolhido por Dilma para o cargo após as inúmeroas denúncias que resultaram nas demissões de Nascimento, do ministério, de Luiz Pagot, do DNIT, de José Neves (Juquinha) da Valec e de mais 15 servidores que estavam no ministério e DNIT. Além de Passos, só Pagot ( enquanto ainda estava no DNIT) foi ao Senado e Câmara onde rebateu e negou com veemência todas as acusações, feitas pela revista Veja, que empresas pagariam propina para fazerem obras para o governo.
Durante a audiência, o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), criticou a postura do governo federal em relação ao assunto. “Que limpeza é essa que o governo estaria promovendo, que não permite a criação de uma CPI? – protestou. Em resposta, o líder do PT na Casa, Humberto Costa (PE), questionou a oposição: “Quantas CPIs aconteceram nos governos de Serra, Alckmin e Aécio? Não houve por falta de pedidos?” – perguntou ele.
De acordo com a Folha, o ministro, em determinados momentos, chegou a usar o mesmo termo repetido dezenas de vezes pelo ex-diretor do Dnit Luiz Antonio Pagot, a chamada “mudança no escopo”, para justificar os aditivos com aumento de preços em várias obras.
O senador Blairo Maggi também participa da audiência onde o ministro presta esclarecimentos.
(Atualizada às 13:58h)