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Ministro boliviano diz que levar gás a Mato Grosso é questão de honra

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Depois de cinco viagens a Bolívia na busca de uma solução para o fornecimento de gás suficiente para o abastecimento da usina termelétrica Mário Covas, o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, ouviu do ministro boliviano, Carlos Villega, que “levar gás a Mato Grosso es un hecho”, traduzindo é um compromisso, uma questão de honra. A reunião entre o ministro boliviano e a comitiva mato-grossense ocorreu nesta quinta-feira, no escritório executivo da estatal boliviana Yacimiento Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), em Santa Cruz de La Sierra (BO). A sede da estatal e do governo boliviano ficam na capital do país, La Paz, mas numa demonstração de respeito e de disposição de estreitar o relacionamento com o governo de Mato Grosso, o ministro veio à Santa Cruz de La Sierra para se reunir com o governador e comitiva.

Durante o encontro foi anunciado oficialmente por Carlos Vilega que a estatal boliviana aceitou a proposta da Petrobras de redirecionar parte do gás contratado pela estatal brasileira para San Matias, na divisa com a cidade mato-grossense de Cáceres. Hoje o gás é transportado totalmente para a divisa com Corumbá (MS). “Avançamos como nunca, estamos a um passo da finalização deste processo”, destacou Silval Barbosa após a reunião com Carlos Vilega.

O diretor-presidente da Pantanal Energia, Fábio Garcia, agradeceu publicamente o empenho do governador Silval Barbosa e dos demais membros do governo mato-grossense. Embora seja grande a expectativa pela data da retomada da usina termelétrica, o que ainda não é possível definir por conta dos trâmites burocráticos, o secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Pedro Nadaf, fez questão de frisar que os próximos passos não envolvem e não dependem do Governo do Estado. “Fizemos todo o empenho político e de gestão de governo para solucionar o impasse e garantir a retomada da usina termelétrica, uma grande empresa, importante para o desenvolvimento econômico de Mato Grosso”, comentou.

O diretor de Orçamento e Finanças da Agecopa, Jefferson de Castro, que acompanha a negociação com o governo boliviano desde o início, já que na época era representante do governo de Mato Grosso em Brasília, lembrou que foi uma decisão política e diplomática num intervalo curto de tempo.

 

 

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