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Ministra diz que não pode fazer nada para evitar despejo de área indígena

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A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, solicitou aos senadores a criação de uma comissão para acompanhar a retirada das famílias que vivem na gleba Suiá Missú, na região Araguaia, considerada pela Justiça como área indígena. O apelo foi feito após uma nova tentativa de sensibilizar o governo federal para a situação vivenciada na localidade. O senador Cidinho Santos (PR) retratou o clima de tensão e desespero que assola a região e foi endossado pelos demais, como deputados e senadores dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, entre outros.

Para a ministra, o caso de Mato Grosso revela a necessidade de uma ampla discussão sobre a questão de terras indígenas e não pode ser tratado isoladamente. No entanto, ela reforçou que fez todo o esforço e o que estava ao alcance para tentar encontrar uma solução que atendesse todos os lados. “Infelizmente, não depende apenas do Executivo. Como existe uma lei, uma decisão judicial, nós pouco podemos fazer a partir de agora. Por isso, sugiro que haja um empenho dentro do Senado também,até porque outros estados passam por problemas como Mato Grosso e a discussão tem que ser mais ampla”, apontou.

Segundo Cidinho, os parlamentares entendem que as negociações devem ir além do Executivo e, por isso, as audiências com os demais poderes também devem continuar. “Enquanto não houver uma saída para quem está sendo despejado de suas terras, de suas casas, nós vamos continuar insistindo que isso não condiz com o discurso do governo federal e, principalmente, buscando todas as vias para assegurar a dignidade daquelas pessoas”, afirmou o senador.

Ele lembrou ainda que o Executivo pode intervir na forma como o processo de retirada está sendo feito, já que as denúncias de abusos por parte dos policiais chegam a todo momento. Na última terça-feira, o vice-presidente da República, Michel Temer, garantiu aos membros da bancada federal de Mato Grosso que entraria em contato com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, solicitando atenção especial ao caso em função das denúncias.

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