O Ministério da Infraestrutura recebeu novos pedidos para implementação de ferrovias em Mato Grosso. As propostas de empresas privadas se deu por meio do regime de autorização previsto no Marco Legal Ferroviário, sancionado nesta quinta-feira pelo presidente Jair Bolsonaro.
Entre os 64 pedidos já feitos ao Ministério, diversos são para trechos em Mato Grosso. Um deles foi feito pelo consórcio de empresas VLI, Rumo e Rail-In Engenharia para construir a ferrovia entre Lucas do Rio Verde e Água Boa.
Outro pedido, feito pelas empresas Zion Real Estate e Garin Infraestrutura, é para construção de um trecho ferroviário entre Lucas do Rio Verde e Sinop. A Zion também propôs a construção de uma ferrovia entre Sinop e o distrito de Moraes de Almeida, no Pará.
Os demais pedidos foram feitos pela empresa Rumo. Ela propôs a construção de ligações ferroviárias entre Santa Rita do Trivelato e Sinop, Nova Mutum a Campo Novo do Parecis, Bom Jesus do Araguaia a Água Boa, Ribeirão Cascalheira a Figueirópolis (TO) e Primavera do Leste a Ribeirão Cascalheira.
Só Notícias entrou em contato com a assessoria de imprensa do Ministério da Infraestrutura. Por meio de nota, o órgão informou que “a íntegra dos processos tem, por ora, caráter sigiloso, em razão de as propostas serem de iniciativa de entes privados, e não do Estado, que deve respeitar e preservar as informações, dada a sua relevância econômica e devido à natural disputa entre empresas concorrentes que atuam no mercado”.
Segundo o Ministério da Infraestrutura, os 64 requerimentos somam R$ 180 bilhões em investimentos e representam acréscimo de 15 mil quilômetros à malha ferroviária implantada no país. Reunidas no Pro Trilhos, as propostas foram protocoladas por 22 diferentes empresas e têm 16 unidades da Federação como origem e destino. Além de Mato Grosso, os projetos contemplam áreas nos estádios Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Bahia, Tocantins, Pará e Roraima.
A pasta ainda detalhou que a marca alcançada hoje pelo Pro Trilhos representa 50% de toda a malha ferroviária nacional, que atualmente é de cerca de 30 mil km. Os investimentos privados para execução das novas ferrovias autorizadas somam 23 vezes o orçamento de todo o Ministério da Infraestrutura em 2021, que cuida não só das ferrovias, mas de todos os ativos de infraestrutura de transportes federais, incluindo portos, aeroportos, rodovias e hidrovias.