PUBLICIDADE

Promotor menciona crise e recomenda que governo de MT não conceda reajuste para servidores

PUBLICIDADE
Só Notícias (foto: Só Notícias/arquivo)

O promotor Mauro Zaque, da Promotoria de Justiça Cível da Comarca de Cuiabá, encaminhou notificação recomendatória ao governador Mauro Mendes e secretários de Fazenda e Administração recomendando que abstenham-se de implementar qualquer realinhamento de tabelas salariais e ou reajuste de subsídios relativas às categorias de servidores públicos do Poder Executivo Estadual, que majore o percentual de comprometimento dos gastos com pessoal e, assim, alinhando-se aos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. Ele aponta que o déficit nos quatro meses da atual gestão vem impedindo o pagamento, em dia, dos salários dos servidores, impossibilitando a quitação dos débitos com fornecedores de serviços essenciais ao Estado, que estão há meses sem receber, submetendo o Estado a inexorável descrédito”.

Ele menciona que a categoria dos Profissionais da Educação Básica do Estado de Mato Grosso “a partir de maio/2019 os subsídios serão realinhados em 7,69%; Lei Complementar no 596 de 26 de setembro de 2017, que reajusta os subsídios dos servidores públicos integrantes do grupo TAF em 4% a partir de 1° de julho de 2019 e Lei 10.596, de 06 de setembro de 2017, que reajusta o subsidio dos profissionais do Meio Ambiente em 5,50% a partir de 1° de junho de 2019; Considerando que a efetiva implementação de tais reajustes, na forma como se colocam, nesse momento, implicaria em expressivo aumento de despesa com repercussão fatal sob o prisma da Lei de responsabilidade fiscal”. Os servidores da educação estão prevendo greve.

O promotor também recomenda que o o governo “se mantenha dentro dos padrões da Lei de Responsabilidade Fiscal em se abster de realizar despesas sem comprometer o orçamento atual ou orçamentos futuros, sob pena de responder por crime de responsabilidade e Ato de Improbidade Administrativistas”.

O promotor menciona, na recomendação, que “denúncia anônima” aponta “que o Poder Executivo Estadual teria como estratégia de ação o não pagamento dos fornecedores no próximo ano, tal em razão da grave crise financeira na qual se encontra o Estado.

Ele também menciona que a Lei Orçamentária Anual (LOA), que estima a receita e fixa a despesa do Estado de para o exercício financeiro de 2019, apresentou a receita total líquida R$ 19 bilhões enquanto a previsão de despesas alcançou o montante de R$ 20.9 bilhões, exsurge, pois, déficit global previsto na ordem de R$ 1.68 bilhão, sendo que tal déficit decorre, principalmente, da atualização da estimativa das receitas e despesas como por exemplo o valor previsto em despesas com pessoal na ordem de R$ 790 milhões e o aumento do custeio em cerca de R$ 235 milhões. Considerando que o Poder Executivo Estadual, através do Decreto Estadual n° 07, decretou situação de calamidade financeira no âmbito da Administração Pública Estadual, sob o argumento de dividas de R$ 4 bilhões e impôs uma série de restrições nos gastos, com prazo de 180 dias onde o governo pode cortar despesas, recorrer ao governo federal e flexibilizar a Lei de Responsabilidade Fiscal que, o Estado encontra-se em Regime de Recuperação Fiscal, medida aprovada em dezembro de 2016, com a Emenda Constitucional dos gastos públicos, conhecida como a PEC do Teto”

Mauro Zaque também embasa sua recomendação “considerando que a Lei de Responsabilidade fixa limites para despesas com pessoal, para divida pública e ainda determina que sejam criadas metas para controlar receitas e despesas. Considerando que a Lei de Responsabilidade Fiscal veda a todo governante a possibilidade de se criar despesa continuada (por mais de dois anos), sem indicar sua fonte de receita ou sem reduzir outras despesas já existentes, objetivando a quitação de despesas anteriores sem comprometer o orçamento ou orçamentos futuros. Que embora esteja sendo implementada a reforma administrativa, com corte de gastos em diversas áreas e incremento da arrecadação proposto pelo Executivo, o cenário financeiro do Estado de Mato Grosso ainda é preocupante”. “Considerando que o Estado de Mato Grosso tem fechado os quatro primeiros meses de 2019 no vermelho, sendo que no mês de abril/2019 o déficit foi da ordem de R$ 72,8 milhões, ultrapassando os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) com gasto de pessoal, o governo de Mato Grosso não tem, sequer, condições financeiras de arcar com a parcela da Revisão Anual Geral (RGA) que seria paga aos servidores públicos em 2019, tanto que a Lei 10.819 de janeiro de 2019 condiciona o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) aos servidores à capacidade financeira do estado, ou seja, ao crescimento da receita do estado.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Líder da bancada federal de Mato Grosso quer moção de repúdio ao Carrefour/Atacadão

A deputada federal coronel Fernanda (PL), coordenadora da bancada...

Prefeita eleita de Várzea Grande definiu 7 secretários

A prefeita eleita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL),...
PUBLICIDADE