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Ministério Público Estadual prepara ações contra citados nas delações de Silval

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O Ministério Público Estadual (MP) aguarda o compartilhamento de provas por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar e adotar as providências cabíveis em relação às denúncias de corrupção contra políticos apontados na delação do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). Uma parte considerável do material apresentado pelo político, três pessoas de sua família e seu chefe de gabinete, Sílvio Cezar Corrêa de Araújo, deverá recair sobre os promotores e procuradores do MP, uma vez que trazem indícios de crimes cometidos por pessoas sem foro por prerrogativa de função ou com foro junto ao Tribunal de Justiça (TJMT), caso dos deputados estaduais e prefeitos citados no acordo.

O procurador-geral de Justiça, Mauro Benedito Pouso Curvo, destaca que já manteve contato com a Procuradoria-Geral da República (PGR) e está confiante que as investigações terão a agilidade e a transparência que a sociedade mato-grossense espera. A reportagem apurou que uma equipe do MP já esteve em Brasília para iniciar as conversas com os procuradores no sentido de obter as informações a respeito dos acordos, classificados pelo ministro do STF, Luiz Fux, responsável pela homologação dos termos, como “monstruosos”.

Curvo afirmou que o material entregue pelos colaboradores embasará investigações existentes e ensejará a abertura de outros procedimentos, medidas que seguramente serão tomadas pelo MP. “As imagens veiculadas pelos meios de comunicação apontam indícios fortíssimos de corrupção. A sociedade mato-grossense pode ficar tranquila que o Ministério Público do Estado de Mato Grosso, dentro de sua atribuição, não se furtará em adotar as medidas cabíveis. Não nos contentaremos apenas com as provas já apresentadas e iremos a fundo nesta investigação para que todos os envolvidos sejam punidos de forma exemplar”, assegurou.

O procurador-geral de Justiça enfatizou que, por enquanto, o MP não pode adotar nenhuma medida nesse caso até que ocorra o fatiamento da investigação, já que no rol de acusados existem pessoas com foro privilegiado. Lembrou, no entanto, que a delação do ex-governador é resultado do trabalho incansável da instituição que o manteve preso, junto com os seus comparsas, por quase dois anos, até a celebração do acordo. Silval foi preso no dia 17 de setembro de 2015 e deixou a prisão em junho de 2017, após confessar diversos crimes e entregar quase R$ 50 milhões em bens para o ressarcimento dos cofres públicos.

Até o momento, o ministro Luiz Fux autorizou a abertura de investigação, no âmbito do STF, contra 34 pessoas, após pedido da PGR, com base nas delações. A expectativa é que apenas após o avanço destas investigações haja o fatiamento, ou seja, o envio dos materiais para as instâncias correspondentes.

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