O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) se disse “indignado” com informações, divulgadas na imprensa, sobre a possibilidade de um pedido de seu indiciamento criminal pela Polícia Federal, no inquérito sobre a suposta compra de um dossiê contra candidatos do PSDB na campanha eleitoral em São Paulo, em setembro último.
Em nota, Aloizio Mercadante, candidato derrotado ao governo de São Paulo, disse que jamais foi colocado na condição de investigado pela própria Polícia Federal. E que inclusive prestou depoimento voluntário, como testemunha. Ele lembrou que não houve indício de sua participação ou da de José Giácomo Baccarin, coordenador financeiro da campanha estadual do PT de São Paulo, no episódio do dossiê.
Aloizio Mercadante afirmou, na nota, que em todas as investigações feitas sobre o dossiê “nem a PF nem a CPI das Sanguessugas conseguiu identificar a origem do dinheiro”. E questionou: “Se essa origem não foi identificada, como poderia a PF vinculá-la á campanha eleitoral do PT em São Paulo?”. O diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, foi quem declarou que a origem do dinheiro do dossiê não havia sido identificada, segundo Mercadante.
O senador acrescentou que “não é verdadeira a afirmação de que minha campanha eleitoral tenha se utilizado de ‘caixa dois’, bem como não procede a imputação de qualquer crime eleitoral”, ao lembrar que o episódio do dossiê não o beneficiou, uma vez que durante a campanha o nome dele “vinha subindo nas pesquisas e teve o seu crescimento comprometido por esse lamentável episódio”.