O empresário Mauro Mendes (PSB) vai ter que a partir de agora remar contra a maré, situação gerada por ele mesmo por causa da indecisão e demora em assumir a condição de pré-candidato à prefeitura de Cuiabá neste ano. "Não vejo dificuldades em novamente reunir o Movimento Mato Grosso Muito Mais, só que isto tem que ser feito por ele que é candidato", disse o senador Pedro Taques (PDT), que estava em Pedra Preta, região Sul de Mato Grosso, em reunião ampliada com diretórios municipais do partido de 17 municípios.
"Meu compromisso pessoal é com Mauro Mendes, só que o PDT tem vida própria e o nome do médico Kamil Fares, que já trabalha uma postulação, que precisa ser conversado, pois eu não mando no partido, sou um filiado dele", ressaltou o senador pedetista, apontando que havia conversado com Mauro Mendes oito dias atrás e depois da decisão dele se colocar como candidato.
Taques voltou a frisar que não vê dificuldades em reunir novamente o Movimento Mato Grosso Muito Mais (PSB/PDT/PPS e PV), que concorreu nas eleições de 2010 e decidiu se manter unido de olho nas eleições deste ano e de 2014. Mas como isso não foi possível até o momento, algumas conversações acabaram sendo mantidas com outras siglas, mas que agora o pré-candidato precisa retomar. "Ele terá que retomar os entendimentos com os partidos aliados, inclusive para ampliar uma eventual frente partidária de apoio a suas pretensões eleitorais. Se ele (Mauro Mendes) decidiu ser candidato só depende dele retomar as conversações e até mesmo ampliá-las", explicou.
O senador pelo PDT comentou ainda que a ampliação do Movimento Mato Grosso Muito Mais depende também dos entendimentos com os demais partidos e apontou que não existe veto a nenhuma sigla, até porque partidos não cometem falhas nem abusos e sim os homens que compõem as agremiações.
Pedro Taques não vê dificuldades numa composição com o PMDB do candidato Dorileo Leal, que é o partido de sustentação do governador Silval Barbosa, mas isto "depende exclusivamente dele (Mauro Mendes), enquanto candidato, e do outro partido em aceitar sentar à mesa de discussão e construir um acordo que seja bom para a cidade, para o Estado e para as pessoas. A democracia pressupõe benefícios para o conjunto da sociedade e se existe o espírito em fazer o melhor dentro da lei e da ordem não vejo motivos para que isto não ocorra", frisou o senador pedetista.
Ele reforçou que não teve tempo de se reunir com Mauro Mendes e discutir a situação, até pelo fato de ter chegado de Brasília e se deslocado ao interior de Mato Grosso, mas que esperava o quanto antes tomar pé da situação e começar a conversar sobre a sucessão municipal com seu partido.