Empresário Mauro Mendes (PSB) rebateu as acusações de que deve valor de R$ 1,191 milhão a título de cheque emitido por ele no período da campanha eleitoral das eleições de 2008. Afirmou ainda que irá provar na Justiça que não é responsável pela quantia cobrada. “Vou provar que não devo. Estou sendo vítima de uma sacanagem”. Ele é réu em ação de execução na Justiça. Na defesa, ele sustenta que emitiu a ordem de pagamento na presença do então vice-governador, Silval Barbosa (PMDB), do ex-secretário de Estado de Fazenda que acumulava a chefia da Casa Civil, Eder Moraes, numa operação que visava “apenas a segurança nas negociações”.
Teria partido de Silval e de Eder a ideia de confecção do cheque apenas para garantia das negociações de campanha, em articulações que visavam participação ativa de doadores, como prevê a legislação. O empresário disse que a polêmica volta à tona em período que precede novas eleições, o que seria no mínimo curioso. Mauro disse ainda que “em 25 anos de trabalho em Mato Grosso sempre pagou todos os compromissos”, e que vai provar que não deve o cheque mencionado no processo.
A ação foi interposta pela empresária Marilena Ribeiro, sócia do Miguel Sutil Auto Posto, em Cuiabá. O cheque foi nominado a ela, após a reunião. A defesa do empresário pode ser verificada em recurso impetrado pelo advogado Paulo Taques, contra decisão do juiz da 7ª Vara Civil, Elinaldo Veloso Gomes. O magistrado bloqueou o valor de R$ 1.389.194,27 de conta corrente de Mauro, transferindo a quantia para uma conta da Justiça. O montante é a somatória do valor do cheque mais custas e correções.
Consta no recurso que durante o período da campanha Silval e Eder teriam assegurado a “inutilização” do cheque. Presidente da Agência Executora da Copa de 2014 (Agecopa), Eder Moraes disse que cabe a Mauro Mendes o ônus da prova.