A provável saída do empresário Mauro Mendes do PR vem agitando as conversações internas entre as siglas com chances de disputarem as eleições majoritárias, dentro do arco de alianças do governo do Estado. Só que no troca-troca de partidos, o PR avançou em cima de filiados que os Democratas contabilizavam como sendo candidatos seus, no caso os secretários de Estado Neldo Egon e José Aparecido, o Cidinho. "Eles que pediram para se filiar ao PR em busca de espaço para serem candidatos", se limitou a dizer o presidente do PR, Wellington Fagundes, confirmando para terça-feira, às 16 horas a filiação dos dois secretários, mais o presidente do Detran, Teodoro Lopes, o Dóia, entre outros nomes em solenidade na Assembleia Legislativa.
Mauro Mendes passou o dia de ontem sem atender telefone e se reunindo com amigos e conselheiros próximos, em busca de soluções para os impasses em que se vê por causa da ligação que tem com o governador Blairo Maggi que prefere que o empresário não deixe a sigla. No entanto, rumores dentro do próprio PR, sinalizam que uma eventual filiação de Mauro Mendes no Partido Progressista (PP), asseguraria ao partido a indicação do candidato a vice na chapa encabeçada pelo PMDB de Silval Barbosa e impediria uma união do PP com o DEM e com o PSDB que formam o bloco das oposições.
Uma união entre DEM, PP e PSDB garantiria ao grupo uma força política extra na disputa das eleições.
Na última semana (28/09 a 3/10) em que pretensos candidatos nas eleições de outubro de 2010 se filiem ou troquem de partido, no caso daqueles que não estão proibidos pela fidelidade partidária, as mudanças devem se restringir a candidatos proporcionais, aqueles que disputam vagas para deputado estadual ou federal. Dificilmente um candidato a cargo majoritário, no caso governador e vice, senador e até mesmo presidente da República, se arriscará a um troca de agremiação, o que poderia ser mal interpretada pelo eleitor, a não ser em casos clássicos como da ex-ministra e senadora Marina Silva que deixou o PT rumo ao PV.