Depois de se reunir com representantes da Federação Mato-grossense de Associações de Moradores de Bairros (Femab), o Minisitério Público Estadual (MPE) recebeu hoje, representantes do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed). Eles entregaram ao procurador-geral de Justiça Marcelo Ferra, e ao corregedor-geral do MP, Edmilson da Costa Pereira, documentos relacionados às condições de trabalho e às negociações que a categoria tem mantido com a Prefeitura de Cuiabá.
Relatórios, cópias de ocorrências, ofícios e documentos, além de fotos e vídeos foram entregues aos representantes do MP. “O Ministério Público tem total interesse nessa questão porque influencia diretamente na população. Vamos tomar todas as providências que julgarmos necessárias para solucionar o problema”, disse o procurador-geral de Justiça.
De acordo com o presidente do Sindimed, a determinação judicial que prevê atendimento de urgência e emergência está sendo cumprida pelos médicos, independente da manifestação grevista. “Solicitamos a intervenção do MP, porque a administração pública não oferece condições dignas de trabalho. Falta estrutura, equipamentos e dignidade aos profissionais médicos”, afirmou ele.
Durante a reunião, o corregedor-geral ressaltou que diversos termos de ajustamentos já foram feitos visando a melhoria da qualidade do atendimento na área de saúde em Cuiabá. “Vamos estudar a possibilidade de resgatar alguns termos que foram celebrados com a Prefeitura e o Pronto Socorro Municipal e analisar quais procedimentos devem ser tomados”, salientou.
Segundo promotor de Justiça Alexandre Guedes, que atua na área de Defesa de Cidadania, o MP concluiu recentemente um levantamento sobre todos os Programas de Saúde da Família (PSF) de Cuiabá. “Mapeamos as condições de atendimento desses locais e, após a tabulação dos dados, iremos fazer um levantamento completo da questão estrutural do sistema de saúde de Cuiabá. Até novembro deste ano, esse trabalho deverá ser concluído”, garantiu.
O promotor informou ainda, que o MP já propôs ações na área de Ortopedia e Saúde Mental e, nos próximos dias, ingressará com uma relacionada à Oftalmologia. “São problemas pontuais que necessitam da intervenção do Ministério Público”, destacou Guedes.
Além de representantes do Sindimed, também participaram da reunião o promotor de Justiça de Várzea Grande Carlos Eduardo Silva, o presidente do Conselho Regional de Medicina(CRM), Arlan de Azevedo Ferreira e o diretor tesoureiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Hélcio Corrêa Gomes.