O senador mato-grossense José Medeiros (PSD) foi o primeiro a discursar na sessão para deliberar sobre o julgamento do processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT). Para ele, a condução irretocável do processo de impeachment pela Comissão Especial do Senado, que procedeu de acordo com a constituição, só reforçou sua convicção de que Dilma Rousseff deve ser afastada definitivamente da presidência.
“A cada reunião, a cada testemunha inquirida e a cada documento juntado ao processo, robusteceu a ideia de que a presidente Dilma fez do Brasil um território sem lei”, disse, durante a sessão de pronúncia do processo de impeachment.
Para Medeiros, Dilma governou de costas para o Congresso Nacional, as leis orçamentárias e a Lei de Responsabilidade Fiscal, baluarte da estabilização econômica do Brasil. A presidente, conforme o parlamentar, violou o decoro e honra do cargo ao maquiar as contas públicas e abrir créditos à revelia do Congresso Nacional, desrespeitando o Legislativo, desprezando o regime legal e as contas públicas.
O senador elogiou o relatório de Antônio Anastasia (PSDB-MG), no qual são refutadas as teses da defesa de maneira "inquestionável e simples" e demonstrado "o desapreço da presidente afastada aos institutos constitucionais". Dilma, disse ainda, levou o país à recessão econômica e minou a credibilidade brasileira. Ao quebrar o setor elétrico e "derreter" a Petrobras, pôs, ela própria, abaixo o mito sobre sua capacidade gerencial, que a fez um dia ser chamada de “mãe do PAC”, o Programa de Aceleração do Crescimento.