O deputado estadual, e secretário-geral do MDB em Mato Grosso, Silvano Amaral admitiu, ao Só Notícias, que a agremiação pretende se coligar com o Partido dos Trabalhadores (PT) no arco de aliança que forma para viabilizar a candidatura do senador Wellington Fagundes (PR) ao governo do estado. O parlamentar acrescentou que, embora tenha sido procurado pelo DEM, a posição do MDB é a de seguir apoiando e contribuindo com a candidatura republicana.
Publicamente, Fagundes já conta com o apoio dos emedebistas, do PTB, do PP e do PCdoB. Positivamente, a aliança agrega em tempo de propaganda eleitoral gratuita na TV, já que PT e MDB são os partidos com mais tempo disponível para divulgação. “Estamos conversando com o PT e hoje o PT está mais próximo do Wellington do que de outra candidatura. E não interessa só pelo tempo de TV, temos bons quadros dentro do partido, como o deputado Valdir Barranco, o Lúdio Cabral e o Luiz Braz, vice-prefeito de Juína, por exemplo”, enfatizou Amaral.
Negativamente, caminhar com o PT significa estar atrelado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, embora lidere as pesquisas eleitorais mesmo estando preso, sofre grande rejeição, principalmente do setor produtivo em Mato Grosso, tradicional financiador de campanhas. Conforme já publicado por Só Notícias, o objetivo principal dos Trabalhadores é a construção de um palanque para Lula em Mato Grosso. É neste ponto que a composição pode travar.
“Nós podemos ter uma composição estadual com o PT, o que é natural e interessa porque é um partido tradicional, com uma militância forte e já caminhamos juntos na última eleição, mas acredito que não haverá uma composição nacional depois de tudo o que aconteceu recentemente entre os dois partidos. Para pedir voto para o Lula, teria que ter uma composição nacional e, naturalmente, não há como ter isso”, concluiu Silvano.