A Executiva Regional do MDB decidiu que o partido não indicará nomes para compor o staff do governador eleito, Mauro Mendes (DEM). Presidente da sigla, o deputado federal Carlos Bezerra disse que a legenda, mesmo não fazendo parte do governo, apoiará questões de interesse dos mato-grossenses, cobrando as promessas de campanha.
A decisão teria sido tomada após um imbróglio entre Bezerra e Mendes. De acordo com fontes do jornal A Gazeta, o emedebista queria que o setor de agricultura familiar não ficasse sob o comando da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), já que a proposta é de fusão da Secretaria de Agricultura Familiar e Regularização Fundiária.
O anúncio do MDB aponta no sentido que a proposta não foi bem aceita pelo democrata, mas Bezerra e Mendes já teriam chegado a um entendimento, segundo fontes. Também se sabe que Mauro Mendes ofereceu a Secretaria de Estado de Justiça (Sejus) ao MDB, mas o partido a recusou.
O MDB, que foi oposição durante toda a gestão do governador Pedro Taques (PSDB), se uniu ao DEM nas eleições deste ano para derrotar o tucano. Pode-se dizer que Mendes já teria começado a contemplar a sigla. Na quinta-feira (13), foi divulgado que o deputado Allan Kardec (PDT) deve assumir a Secretaria de Estado de Cultura, Turismo, Esportes e Lazer (Sectel). Com isso, abre espaço para que Romoaldo Junior (MDB) continue no Parlamento, uma vez que ele não foi reeleito, mas ficou na primeira suplência.
Na Assembleia, o MDB contará com outros três deputados estaduais: Janaina Riva, a mais votada, e os eleitos pela primeira vez, Doutor João e Thiago Silva.
Outros partidos que estiveram no arco de aliança de Mendes também buscam espaço no governo. Na última semana, o presidente do PSD, Carlos Fávaro, afirmou que já disponibilizou vários nomes para o governador escolher. Também devem pleitear uma vaga no primeiro escalão do democrata membros do PDT, PSC, PMB, PHS e PTC, partidos que ajudaram Mauro a vencer no primeiro turno.