A Mobilização Democrática, partido comandado em Mato Grosso pela deputada Luciane Bezerra, reacendeu as expectativas sobre a chance de o senador Pedro Taques (PDT) migrar para o novo partido e liderar a disputa ao Palácio Paiaguás. Luciane participou de encontro com líderes da Executiva nacional, como Roberto Freire, para tratativas sobre as eleições de 2014. Consulta formulada pelo PSD nacional junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sobre fidelidade partidária, balizará decisão de Taques de permanecer ou deixar os quadros do partido. Luciane disse que "a grande aposta da MD de Mato Grosso é a filiação de Taques para disputar o comandodo Estado".
O partido encaminhou pedido de registro junto ao TSE, e aguarda deliberação da Corte Eleitoral para abertura da janela para filiações, prevista para junho ou julho. Luciane destacou a confiança sobre os procedimentos de abertura para filiação ao MD, livre das regras da fidelidade partidária. Grupo de juristas apresentou tese à Freire, conhecida pela parlamentar no encontro, que asseguraria as condições ideais para filiação de detentores de mandato. Teoricamente, como explicou Luciane, juristas e especialistas no assunto, entendem que a Mobilização Democrática é um novo partido, portanto, teria o mesmo direito aplicado ao PSD quando de sua origem em 2011. A legislação assegura nela para filiação a novas siglas. O embate jurídico nesse aspecto se atém ao fato de a MD ter sido constituída a partir de fusão entre o PPS e o PMN. Sob a análise de Luciane, a nova sigla fica caracterizada porque "traz nova nomenclatura e novo estatuto".
Outros especialistas no tema, como o advogado especialista em direito eleitoral, Hélio Ramos, tem outra interpretação. A MD daria direito de filiação a outros partidos, sem incorrer das regras da fidelidade partidária, para filiados aos partidos que deram origem a nova legenda. Nesse sentido, filiados do PPS e do PMN, donos de mandato eletivo e que se sentirem descontentes com as mudanças, teriam o direito de aderir a outras le- gendas protegidos de aplicação das sanções.
Enquanto permanecer o dilema, líderes da MD no Estado, como Luciane e o prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz, continuam as articulações para formar o novo quadro de filiados. Na Assembleia Legislativa, a deputada tem acelerado as conversas mas prefere manter distante os holofotes da imprensa. Deputados como Emanuel Pinheiro (PR) continuam na lista dos cortejados, assim como Dilmar Dal"Bosco (DEM). Luciane é apontada como via para chapa majoritária e avalia criteriosamente a seara política.
Mulheres – Luciane lembrou que uma das principais metas do novo partido será incentivar a participação da mulher na política. "As barreiras só serão quebradas quando nós, as mulheres, nos posicionarmos para defender o direito de todos".