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Mauro Mendes reforça defesa por reciprocidade ambiental por parte de diversos países

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: arquivo/assessoria)

Cobrar de outros países o mesmo que é exigido do Brasil na área ambiental. Essa é a postura defendida pelo governador Mauro Mendes (DEM), que, ontem, concedeu entrevista para falar sobre o tema 26. O gestor de Mato Grosso viajou em outubro para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021, a COP 26, que foi realizada na Dinamarca e Escócia.

Ao falar sobre o assunto, em entrevista ao Canal do Boi, Mauro reconheceu os problemas, no entanto, avaliou que o Brasil não pode ser considerado o “patinho feio”, mesmo tendo preservado mais de 60% de seu território. “Eu estive na Dinamarca e eles usam mais de 60% na atividade agrícola. E aqui em Mato Grosso preservamos mais de 60%. Então, veja a diferença. Um usa 60% e outro preserva 60%. E assim teríamos exemplos na Argentina, nos Estados Unidos”, comentou Mauro, ao defender o que chamou de reciprocidade ambiental.

“É como na área diplomática. Se os Estados Unidos exigem visto para o cidadão brasileiro, o Brasil também exige visto para o cidadão americano. Então, no Brasil, sempre estamos sendo colocados na berlinda na questão ambiental. Temos grandes ativos e sempre estamos sendo cobrados. Então, já que eles exigem tanto do Brasil, vamos exigir também. Vamos exigir da França o mesmo rigor. Que eles preservem suas matas, recomponham seus ativos florestais. Que cuidem das suas APPs, para que a gente compre um vinho francês. E assim vai para muitos países que têm balança comercial desfavorável em nosso país. Então, precisamos mudar um pouco essa conversa e sair dessa sinuca de bico em que eles nos colocaram, falando só de desmatamento”, avaliou o governador.

Por outro lado, Mauro reconheceu que, não só “por uma regulação imposta por outros países”, preservar o meio ambiente é uma questão de mercado. Também apontou urgência na resolução dos problemas ambientais, já que, segundo ele, “não há mais como negar que há um processo de alteração do clima em curso” e que serão necessárias mudanças em hábitos de produção e consumo. Além disso, também citou os investimentos que o governo do Estado tem feito voltados para a preservação do meio ambiente.

“Temos que fazer nossa lição e aqui em Mato Grosso fizemos. Temos o melhor sistema de controle de monitoramento do país, que detecta em 24 horas qualquer desmatamento ilegal acima de um hectare. Eu tenho dito para não apostarem na ineficiência do Estado, pois quem apostar, vai perder, vai se dar mal. Eu mandei fazer grande campanha para que não façam desmatamento ilegal. O Estado vai pegar e as multas são graves e vão chegar. Alguns não estão acreditando e vão dar com os burros n’água. Esse posicionamento é defender nossa imagem”, destacou Mauro.

Nos últimos três meses, Mato Grosso reduziu os alertas de desmatamento em 30,6%, em comparação com o mesmo período do ano passado. O dado oficial é do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (DETER/INPE) e foi divulgado esta semana. Em Mato Grosso, o mês de agosto apresentou uma redução apurada de 41%, e em setembro, 35%, em comparação com o mesmo mês do ano anterior.

A área de alertas detectada para todos os estados da Amazônia juntos no mês de outubro foi de 863 km², uma alta de 3,7% em relação a 2020 e recorde da série histórica de cinco anos. A Amazônia apresentou um aumento de 20% no desmatamento nos meses de agosto, setembro e outubro de 2021 em relação à média histórica de 2.267 km² apurados no período entre os anos de 2015 a 2020. O bioma Amazônia está presente em nove estados brasileiros: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, e Maranhão.

O DETER é um levantamento rápido de alertas de evidências de alteração da cobertura florestal na Amazônia, feito pelo INPE. Foi desenvolvido como um sistema de alerta para dar suporte à fiscalização e controle de desmatamento e da degradação florestal realizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e demais órgãos.

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