“Missão dada, missão cumprida”, comemorou o presidente do diretório estadual do PSB e prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), após a reunião realizada em sua residência objetivando a aproximação do PR com a chapa encabeçada pelo pré-candidato ao governo, senador Pedro Taques (PDT). Ex-republicano e coordenador da pré-campanha de Taques, Mendes foi eleito interlocutor do grupo junto ao PR com a missão de trazer a sigla para a discussão.
Apesar da ameaça flagrante de um possível racha em seu grupo, devido à garantia de vaga pleiteada pelo DEM para que o senador Jayme Campos dispute a reeleição na chapa majoritária, o assunto sequer gerou constrangimento, visto que foi relegado a segundo plano na conversa com o PR.
Mendes ainda fez questão de ressaltar que iniciou a busca pelo apoio dos republicanos com respaldo das demais lideranças partidárias que vêm caminhando junto ao projeto de candidatura de Taques, como PV, PSDB e o próprio DEM. “Já disse que estou fazendo essa interlocução porque fui autorizado por outros partidos. Para mim, o que vale é a conversa olho no olho, cara a cara, e foi assim que me autorizaram”, disse.
Quanto a uma possível divisão do PR, o socialista disse também não acreditar que seja possível, visto que a maioria das lideranças estiveram presentes no encontro.
Em que pese, publicamente os republicanos negarem uma sinalização positiva, praticamente um acordo com a chapa encabeçada por Taques, a mudança de discurso de lideranças do partido após o encontro ficou clara. Deputados que, antes, alardeavam que não apoiariam qualquer candidato, nem o da base, nem o da oposição, já saem em defesa do pedetista.
Também se mostram aguerridos em justificar o possível apoio a uma candidatura de oposição ao Governo do qual fazem parte maciçamente, não apenas como uma bancada essencialmente aliada à gestão Silval Barbosa (PMDB), mas com o comando do maior número de secretarias, inclusive as relacionadas às principais obras realizadas pelo Executivo, como a Secopa. Na sessão, ontem à noite, na Assembleia Legislativa, por exemplo, o secretário-geral do PR, deputado Emanuel Pinheiro, usou a tribuna para declarar que o compromisso do partido é com a governabilidade e não com o Governo, lembrando, inclusive, que apoiou a eleição de Mendes em 2012, em detrimento da candidatura defendida pela gestão Silval.