O candidato do Democrata ao governo de Mato Grosso, Mauro Mendes, disse esta manhã que sua gestão, se for eleito, deve precisar de um a dois anos para equilibrar as contas de Mato Grosso, que segundo ele, acumulam dívidas de R$ 2,8 bilhões. Em entrevista à rádio Capital FM, de Cuiabá, o político afirmou ainda que não pretende auditar o trabalho do governador Pedro Taques (PSDB) e que precisará de seis meses para dar um choque de gestão para diminuir a máquina pública e começar a gerar economia.
Na opinião de Mendes, o principal desafio da próxima gestão vai ser acabar com os “restos a pagar” e fazer com que o Estado gaste menos do que arrecada. “O primeiro grande esforço é equilibrar receita e despesa. As informações que nos temos da Secretaria de Fazenda, que são públicas, mostram que tudo o que se arrecada num mês não dá para pagar as despesas do mês. Por isso que os chamados restos a pagar, ou seja, dívidas vencidas e não pagas, que vão ficando acumuladas, e elas estão crescendo. Em 2014, eram de R$ 912 milhões e 2017 terminou com R$ 2,8 bilhões, ou seja, cresceu três vezes, neste período, as dívidas vencidas e não pagas”, analisou.
De acordo com Mendes, só após o equilíbrio das contas é que Mato Grosso poderá voltar e investir e a crescer. “Resolver isso não é uma tarefa muito simples que se faça da noite para o dia. Eu acredito muito em trabalho sério e honesto. A correta aplicação do dinheiro público é que vai produzir este resultado. Isso vai demorar de um a dois anos para que a gente consiga primeiro: equilibrar receita e despesa e colocar novamente o estado nos trilhos para que você possa, tendo o equilíbrio no caixa, fazer sobrar dinheiro para investir na população, investir na melhoria dos serviços que o Estado tem a obrigação de prestar ao cidadão e a todos nós mato-grossenses”, completou.
Apesar de apontar as falhas e o endividamento do Estado, Mauro Mendes garantiu que não vai promover uma caça às bruxas, se assumir o governo, e não vai gastar fazendo auditorias nas contas e contratos da gestão Pedro Taques. Para ele, a fiscalização é obrigação do Tribunal de Contas, Ministério Público e Assembleia Legislativa.
O candidato disse ainda que pretende reduzir a máquina pública dando um choque de gestão e espera gerar economia já nos seis primeiros meses de administração.