Enquanto a obrigatoriedade, ou não, da vacina contra o Coronavírus, que ainda não está disponibilizada em larga escala, é discutida na Assembleia Legislativa de Mato Grosso com dois projetos distintos em tramitação, o governador Mauro Mendes (DEM) já se posicionou contrário à obrigatoriedade, pelo menos por enquanto. O principal argumento do gestor é, justamente, a falta de imunizante no Brasil.
“É muito ruim você falar em obrigatoriedade quando você não tem disponibilidade. Nós não temos vacina, então vamos falar em obrigatoriedade quando tivermos a disponibilidade para ofertar à população”, declarou em evento da Seduc no Palácio Paiaguás.
O governador explicou que vai seguir o plano estadual de imunização e aplicar as vacinas aos grupos prioritários. Ressaltou que não vai obrigar o cidadão a tomar a vacina, mas que também não vai fazer reserva de doses fora do período.
“As pessoas que estão dentro do grupo prioritário vão ter a disponibilidade de tomar a vacina. Se elas não comparecerem dentro de um prazo, eu não vou ficar estocando vacina. A fila anda e nós vamos passar para os próximos grupos”, explicou Mauro Mendes.
O posicionamento do governador antecede uma discussão deve tomar conta da Assembleia Legislativa a partir de fevereiro, quando o parlamento retorna do recesso. Um projeto do presidente Eduardo Botelho (DEM) prevê a obrigatoriedade da imunização e outro, do deputado Sílvio Fávero (PSL), é contrário à obrigatoriedade.
Sem previsão do recebimento de vacinas em larga escala, Mauro Mendes revelou que tenta comprar imunizantes com dinheiro do Estado. Ele já teve uma resposta negativa da Pfizer, que só negocia com governos federais, e agora busca informações junto aos laboratórios chineses Sinopharm e Sinovac, além da Sputnik V, produzida pela Rússia.