Se for novamente candidato a prefeito de Cuiabá nesse ano, o empresário Mauro Mendes (PSB) promete não ser o principal financiador da própria campanha. O aviso foi dado ontem pelo mega empresário que bancou do próprio bolso R$ 9,7 milhões para a disputa ao governo do Estado em 2010. A definição de pleitear ou não o Palácio Alencastro, no entanto, deve ser anunciada somente no final do mês.
Mauro afirma que, dessa vez, só será candidato se o projeto for abraçado pela população e por pessoas que possam contribuir financeiramente, tese que ele rejeitou nas pleitos de 2008 e 2010 até mesmo para evitar problemas judiciais com doações eventualmente irregulares. Ele garante já ter dado o recado aos partidos com os quais tem articulado uma possível aliança para as eleições de outubro.
“As pessoas chegam aos seus limites em várias situações e nessa questão financeira já chegou o meu limite. Digo isso porque já fiz o que devia e o projeto de ser candidato não pode ser só meu. Tem que ser abraçado pela sociedade”, afirmou Mauro após receber na sede municipal do PSB a deputada federal Keiko Ota (SP), o suplente de deputado federal em exercício Cabo Juliano (PSB) e a juíza Amini Haddad, que ganhou destaque como titular da Vara de Combate à Violência Doméstica e Familiar.
Candidato a prefeito de Cuiabá derrotado também em 2008, Mauro alegou ainda que a definição de ser candidato dependerá de conversas com familiares nos próximos dias. Apesar disso, evitou citar prazo para o anúncio. “Já falei que anunciarei minha decisão em abril e tenho até o fim do mês para fazer isso, mas pode ocorrer também a qualquer momento”. Nas eleições de 2010, ele decidiu entrar no pleito praticamente nas vésperas das convenções partidárias de junho com argumento de que precisava se dedicar aos negócios particulares.
Chapa – Sobre as conversas com aliados, o empresário disse que tem procurado legendas como dirigente partidário, mas negou estar conversando sobre composições e indicações de vice-prefeito num grupo a ser encabeçado pelo PSB.