A considerada como improvável união entre Mauro Mendes (PSB) e Wilson Santos (PSDB), mesmo negada começa a acontecer naturalmente, já que para conseguir levar a disputa para o segundo turno das eleições, ambos precisam um do outro, agora quem supostamente iria disputar as eleições, dependeria do eleitor.
Mauro Mendes sempre negou com veemência que teria um acordo com Wilson Santos (PSDB), mas nos bastidores houveram encontros, conversas reservadas entre os articuladores de ambas as campanhas e principalmente a aposta dos próprios candidatos de que estarão no segundo turno, o que por força política exigiria o apoio daquele que deixará a disputa sob pena do candidato favorito, o governador Silval Barbosa (PMDB) consolidar ainda mais a sua reeleição.
Enquanto Silval Barbosa comemora os resultados das pesquisas que apontam para sua reeleição no primeiro turno, Mauro Mendes e Wilson Santos se uniram para promover duras críticas a ambos, tanto que um levantou insistentemente para o outro bater no líder das pesquisas em debates secundários ocorridos em todo o Estado.
Na última sexta-feira, em entrevista na Rádio Cultura, onde foi cercado por cabos eleitorais cobrando o recebimento de pelo menos três quinzenas, Mauro Mendes negou qualquer tipo de acordo com Wilson Santos ou mesmo com Silval Barbosa, mas não negou quando perguntado insistentemente pelos entrevistados da emissora se num eventual segundo turno procuraria o apoio do seu adversário desde 2008 quando o mesmo lhe derrotou na disputa pela Prefeitura de Cuiabá.
"Não posso falar do amanhã, apenas que haverá segundo turno e estaremos nele", se limitou a dizer Mauro Mendes irritado pelas pressões do PSB, seu partido por causa dos cabos eleitorais cobrando pelo recebimento de quinzena.