Mesmo mantendo o discurso de renovação na política, o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), demonstrou que não pretende estender a desavença com o deputado federal Júlio Campos (DEM), que motivou uma nova crise no grupo oposicionista liderado pelo senador Pedro Taques (PDT). O democrata acusou o socialista de tentar trazer o PR para o bloco com interesses pessoais. Em resposta, o PSB publicou uma nota acusando o parlamentar de fazer negócios espúrios, entre outras denúncias.
O prefeito foi questionado sobre o assunto durante a posse do novo secretário de Trabalho e Desenvolvimento Econômico, vereador Domingos Sávio (SD). Com o novo integrante do staff, Mendes consolida o apoio da maioria absoluta na Câmara Municipal. O ex-titular da pasta, Elias Alves de Andrade, assume a recém-criada Secretaria de Agricultura.
“A nota fala por si só, ela traduziu um momento, um pensamento da Executiva do partido e pra mim se não houver nenhum fato novo, nós nunca vamos sair falando mal de algum ator deste cenário político. Eles têm que prestar contas não é a mim, mas sim à população e aos órgãos de controle externo. O PSB se posicionou em função de declarações que foram feitas ao partido e a membros dele”, disse o prefeito.
Para o prefeito, a desavença com o democrata não prejudica a pré-candidatura de Taques ao governo. “Nós vivemos num espaço democrático, onde as pessoas falam e ouvem, quem faz críticas, recebe críticas”, disse Mendes, sem querer detalhar o conteúdo da nota divulgada na semana passada. “A nota fala por si só e eu não sou o porta-voz da nota”, resume.
“Nós temos ali um ponto final, que foi sem dúvida uma resposta dura, mas a altura das provocações que o partido e membros receberam . Isso não é um tema central de uma campanha, infelizmente incidentes de percursos acontecem. Nós temos que tentar evitá-los, mas se acontecerem…”, contextualiza o prefeito.
Mauro Mendes acrescenta que nunca foi contra nenhum partido. Respeito a todos e se algum tem problema, vai ter que responder. Respeito a todos e gostaria que todos tratassem com respeito”. Porém, o prefeito argumenta que ninguém pode tirar de nenhum dos partidos o seu posicionamento ideológico. O prefeito voltou a lembra que o grupo oposicionista nasceu em 2010 e no cerne desta campanha estava a renovação política. “Nós temos valores e princípios que não vamos abrir mão, vamos discutir questões políticas e não pessoal”, afirma. Ele acrescentou que pretende se voltar mais às questões do seu partido, como as chapas proporcionais e uma eventual indicação para a candidatura de vice-governador na chapa encabeçada por Taques.