O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou, hoje, que Cuiabá errou ao propor medidas de distanciamento social no mês de março para conter o avanço do novo coronavírus. Na ocasião, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) determinou o fechamento do comércio da Capital, quando a cidade tinha o registro dos primeiros casos.
Na época, o governador criticou a medida adotada na cidade. Além do prefeito de Cuiabá, o governador atacou a medida de distanciamento adotada pela prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos (DEM) e o prefeito de Rondonópolis, José Carlos do Pátio (SD).
Em entrevista ao jornal Globo News, nesta sexta-feira, o comentou o aumento do número de casos em Mato Grosso e a classificação de cada cidade por situação de risco que o Estado faz duas vezes por semana como forma de orientação das medidas a serem adotadas pelos prefeitos para conter o avanço do novo coronavírus.
“Caso Cuiabá e Várzea Grande, o governo dizia exatamente a medida que devia ser tomada com risco muito alto e os prefeitos não tomaram. Cuiabá não tomou porque lá atrás, quando tínhamos um caso mandou fechar tudo. Estressou comércio, efeitos colaterais”, destacou.
O governador disse que a medida de fechar o comércio local é amargo e precisa ser usada na hora certa. “Remédio amargo, necessário aplicar momento correto. O prefeito não queria tomar porque parou no momento errado, deveria parar no momento certo”, disse lembrando que a Justiça determinou o fechamento porque os prefeitos de Cuiabá e Várzea Grande estavam resistindo.
O governador também aproveitou para alfinetar o prefeito de Rondonópolis (212 km ao Sul), José Carlos do Pátio (SD) já que a cidade também sofre com o aumento dos casos e com a falta de leitos hospitalares. “Rondonópolis mandou fechar tudo na cidade. No momento que tinha poucos casos, causa efeito colateral”, afirmou.
Segundo o governador, a Organização Mundial da Saúde (OMS) prega que as medidas mais restritivas se faz quando precisa evitar crescimento curva contaminação e evitar estrangulamento sistema saúde. Destacou que os prefeitos não tomaram medidas na hora correta e que a própria população “parece que não quer ou fazendo de conta não esta entendendo tamanho problema temos”, afirmou em entrevista ao telejornal.