O governador eleito Mauro Mendes (DEM) disse que os partidos apoiadores da coligação que o elegeu terão participação em seu futuro governo e poderão indicar nomes para compor as secretarias estaduais. No entanto, o democrata ressaltou que não vai lotear cargos e que todos indicados deverão atender a critérios como conhecimento técnico, experiência, honestidade e, principalmente, vontade de trabalhar.
“Já tenho conversado com alguns partidos e vou manter conversa com todos os que estiveram ao nosso lado. Respeitosamente, eles me ajudaram na eleição e, respeitosamente, eu disse isso durante a campanha, eu vou sim, dar algum tipo de participação”, declarou em entrevista coletiva, reforçando a necessidade de atender aos critérios por ele estabelecidos, seja para indicação partidária ou para escolha pessoal de Mendes.
Por enquanto, o governador eleito anunciou apenas que fez o convite à primeira-dama, Virgínia Mendes, para ocupar a Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas), mas ainda não recebeu resposta positiva da esposa, que pretende avaliar a situação familiar para decidir se vai compor o governo. Além dela, nenhum outro nome foi confirmado por Mendes, que sequer anunciou a sua equipe de transição.
Apesar de citar a honestidade como um dos principais critérios para escolha do secretariado, Mendes declarou ontem que citação em delação premiada não é impeditiva para a nomeação de secretário e defendeu o direito à defesa, citando ele mesmo como exemplo.
“Citação em delação não significa condenação, não significa processo, não significa nada. Senão, estaríamos vivendo em estado absolutamente de exceção e desrespeito a tudo. Eu fui citado, teve busca e apreensão na minha casa e três anos depois eu fui inocentado com parecer de todo mundo. Temos que ter responsabilidade e respeito ao direito de defesa. Jamais vou excluir um nome que foi citado em eventual delação”, declarou.