O governador Mauro Mendes (DEM) abordou, ontem à noite, em Cuiabá, a importância da pauta ambiental para o Brasil e, principalmente, para Mato Grosso, durante palestra na abertura do XI Encontro dos Economistas do Centro-Oeste, realizado na UFMT. O agronegócio seria o setor da economia que mais sofreria com um possível boicote dos países europeus aos produtores brasileiros, em decorrência dos avanços do desmatamento. “O agronegócio brasileiro é seguramente um dos poucos e mais expressivos setores que o Brasil tem de grande competitividade. O risco que nós temos para esse setor é o ambiental. Esse é o risco que nós realmente temos. Porque o mundo tem os olhos muito voltados para as questões ambientais. Pensamos muitos sobre as consequências do avanço do desmatamento para Mato Grosso. Se lá na Europa desencadearem uma grande campanha de boicote aos produtos brasileiros, como retaliação aos avanços dos desmatamentos da Amazônia, se preparem, pois vai ser um caos na economia brasileira e na economia de Mato Grosso”, afirmou.
O governador alertou que o segmento – grande carro-chefe da economia mato-grossense – seria duramente impactado nessa hipótese. “O agronegócio brasileiro é o único setor que, ao longo dos últimos 20 anos, praticamente sustentou a nossa balança comercial. Se isso for afetado por um boicote, vai prejudicar toda a cadeia. O frigorífico Marfrig, por exemplo, é o maior fornecedor mundial dos hambúrgueres do McDonald’s. Imagina como seria devastador se isso acontecesse”, explicou Mauro. “Então, esse risco ambiental nós temos que trabalhar e mitigar aqui no Estado de Mato Grosso”, ressaltou.
Ele expôs aos economistas o lançamento do Imagens Planet, um eficiente e moderno sistema de controle e monitoramento do desmatamento, lançado pelo Governo de Mato Grosso em parceria com organismos internacionais de proteção ao meio ambiente. “Hoje nosso órgão ambiental, a Sema [Secretaria de Estado de Meio Ambiente], tem um sistema que é capaz de detectar de um dia para o outro, em 24 horas, qualquer desmatamento, do tamanho de um lote urbano, em qualquer lugar do Estado. No outro dia podemos acionar o Batalhão Ambiental, o Ibama, para que o dano ambiental não ocorra, evitando que ele tome proporções ainda maiores”, apontou.
A informação é da secretaria de Comunicação.