O governador de Mato Grosso, Mauro Mende (DEM) e o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo assinaram, esta manhã, a ordem de serviço para um consórcio de Cuiabá iniciar as obras do Hospital Central de Alta Complexidade, que estavam paralisadas há mais de 30 anos. A ação integra o Programa Mais MT, que destina aproximadamente R$ 1,18 bilhão à Saúde Pública de Mato Grosso. Com o hospital, a gestão do Estado estima oferecer 1.990 internações, 652 cirurgias, mil consultas especializadas e 1.4 mil exames por mês.
“Estamos aqui para testemunhar essa virada de página histórica daquilo que chamo de uma das maiores vergonhas deste Estado. Uma obra iniciada em 1984, que parou e ficou mais de 30 anos paralisada na cara de todo mundo. O Estado de Mato Grosso era o único estado brasileiro que não tinha na capital um hospital de alta complexidade para atender a saúde pública”, pontuou Mendes.
Os redesenhado pela atual gestão da secretaria Estadual de Saúde, o novo projeto prevê o acréscimo de 23 mil m² à estrutura antiga e contará com o total de 32 mil m² de área construída, sendo que os 9 mil m² do prédio antigo serão aproveitados.
O investimento será de mais de R$ 92,9 milhões somente na construção do hospital, que conta com um cronograma de aproximadamente 22 meses de execução, com previsão de entrega para novembro de 2022. A proposta apresentada pelo consórcio vencedor da concorrência, foi 20% menor do que a previsão inicial, cujo valor era de R$ 113, 9 milhões para a construção e ampliação. Esse é um momento histórico que deve ser comemorado pela população de Mato Grosso. Todo o recurso do governo está assegurado, a gestão tem recurso para iniciar, terminar e equipar esse importante hospital. Esse é um governo que fez a tarefa de casa e vamos com a certeza de entregar esse hospital daqui 22 meses à população”, declarou o Figueiredo
O novo projeto engloba dez salas cirúrgicas, 60 leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 230 leitos de enfermaria. A unidade hospitalar de alta complexidade disponibilizará um total de 290 leitos voltados para o atendimento de toda a população mato-grossense. Dentre as especialidades previstas para o hospital está a Cardiologia, Neurologia, Vascular, Ortopedia, Otorrinolaringologia, Urologia, Ginecologia, Infectologia e Cirurgia Geral.
O esboço do Hospital Central de Alta Complexidade foi projetado e redesenhado pela equipe da Superintendência de Obras da SES. “Optamos por fazer a recuperação e o aproveitamento da estrutura antiga, de forma que ela suportará o pleno funcionamento da unidade. Além disso, haverá uma grande área ampliada de 23 mil m², que abrigará os leitos de UTI e de centro cirúrgico”, pontuou a superintendente de obras da secretaria de Sáude, Mayara Galvão.
A construção do Hospital Central, lançada em 1984, foi pensada com o objetivo de proporcionar um atendimento de referência em alta complexidade nas especialidades de traumatologia, ortopedia e urgência e emergência de trauma. Contudo, devido ao corte de recursos do governo Federal, a obra foi paralisada em 1987.
Em 1992, a construção do Hospital Central foi retomada pela gestão estadual, porém permaneceu inconclusa em razão de um desacordo entre o governo Estadual e Federal. A obra chegou a ser reiniciada em 2004, mas novamente foi paralisada.
Contudo, no ano de 2014, a Justiça Federal acatou parcialmente a solicitação do Ministério Público Federal (MPF) para a inclusão de recursos que viabilizassem o término do Hospital Central.
A atual gestão do governo de Mato Grosso apresentou um novo projeto para a estrutura do Hospital Central em novembro de 2019. Depois do anúncio, foi lançado o edital, foram seguidos os trâmites licitatórios e, em outubro de 2020, ocorreu a assinatura do contrato.