Mato Grosso tem a menor taxa de prefeitos reeleitos nas últimas eleições municipais do país. Do total de 76 que pleitearam um novo mandato, 39 obtiveram sucesso e 37 não conseguiram a aprovação popular. Em vários municípios mato-grossenses, a instituição reeleição não significou vitória certa, contrariando as estatísticas nacionais que indicam o favoritismo de quem disputa um novo mandato em mais de 70% dos casos.
Nova Olímpia, Paranatinga, Chapada dos Guimarães, Arenápolis, Juscimeira, Jangada, Colniza, Porto Estrela, Gaúcha do Norte, entre outros, vão em direção contrária a tendência nacional. Nessas cidades, nenhum prefeito foi reeleito, desde que a modalidade passou a vigorar nas eleições municipais de 2000 (a reeleição foi introduzida no país a partir das presidencial e estadual de 1998).
A alternância de poder é observada na maioria dos municípios do Estado, com exceção de Cuiabá e Várzea Grande. Nas duas principais cidades mato-grossenses, a reeleição é fato determinante do resultado. Na Capital, o ex-prefeito Roberto França (sem partido) se reelegeu em 2000 e agora o prefeito Wilson Santos (PSDB) conseguiu repetir o feito.
Situação idêntica aconteceu na cidade vizinha à Capital, onde o primeiro prefeito a ser reeleito foi o atual senador Jaime Campos (DEM), cujo sucessor, prefeito Murilo Domingos (PR), conseguiu um novo mandato nas eleições de 05 de outubro passado.
A verdade é que prefeitos, bem avaliados pela população, não conseguiram a reeleição.
São exemplos os de Rondonópolis, Adilton Sachetti (PR); Sorriso, Dilceu Rossato (PR); Alto Garças, Júnior Pitucha (PR); Glória D”Oeste, José Luiz Emerick (PR); de Barra do Garças, Zózimo Chaparral (PC do B); e Nova Olímpia, José Elpídio de Moraes (PP).
Outros menos avaliados como os de Colniza, Sérgio Bastos dos Santos (PMDB); de Jangada, Dito Paulo (DEM); Chapara dos Guimarães, Gilberto Mello (PR); de Arenápolis, Rogaciano Oliveira Sampaio (PR), não se deram bem nas urnas, mas o resultado já era previsível.