Os senadores mato-grossenses Jayme Campos e Gilberto Goellner, ambos do DEM, mantiveram suas assinaturas no pedido de criação da CPI da Petrobrás. Durante a sexta-feira, diversos senadores que assinaram o pedido de criação da CPI foram contactados pelo Palácio do Planalto para recuarem. Jayme e Goellner chegaram a ser considerados possíveis dissidentes do pedido encabeçado pelo tucano Alvaro Dias (PR). O pedetista Cristovam Buarque (DF) e o democrata Aldemir Santana (DF) acabaram recuando. O requerimento para criar a comissão fica com 30 assinaturas – 3 a mais que o mínimo necessário. A mato-grossense Serys Slhessarenko (PT), por ser da base governista, é contrária a CPI.
Os senadores mato-grossenses ponderam que o DEM decidiu manter o acordo co colégio de líderes e ouvir as explicações do presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, na próxima semana e pode se abster de indicar integrantes para a CPI criada para investigar supostas fraudes em licitações da Petrobras e denúncias de desvios de royalties de petróleo, apontados em investigações da Polícia Federal, além de irregularidades em contratos para construção de plataformas e da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, investigadas pelo Tribunal de Contas da União. Outra finalidade é investigar suposta utilização de artifícios contábeis para reduzir o recolhimento de tributos, além de problemas relacionados a patrocínios na área da cultura.