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Marina diz que agricultores em situação legal na Amazônia não precisam temer decreto

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A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse hoje que os empresários do agronegócio na Amazônia que estão em situação regular não precisam se preocupar com o decreto presidencial que restringe o crédito de bancos oficiais aos municípios que mais desmatam. “Quem fez certo não precisa ficar com medo. Agora, os que fazem errado, em enfrentamento à lei e ao Estado, aí não tem como ter conivência. Nós temos que, para o próprio bem da Amazônia e o bem dos empreendedores, acabar com essa história de que a Amazônia é terra de ninguém. Isso só prejudica o meio ambiente e prejudica a própria atividade agropecuária no nosso país”, afirmou a ministra.

Estimativa do sistema Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) aponta que o desmatamento na Amazônia pode ter atingido 7.000 quilômetros quadrados nos últimos quatro meses do ano passado.
O Inpe aponta que 19 municípios que mais desmataram são de Mato Grosso e os dados são contestados pelas autoridades estaduais. A Secretaria de Meio Ambiente do Estado sustenta que, no caso de Marcelândia, no Norte mato-grossense, (apontado pelo Inpe como campeão em desmatamentos, 88% dos dados do Inpe estão errados.

O diretor de Proteção Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Flávio Montiel, contesta as críticas e defende o monitoramento da floresta. “Nenhum sistema é perfeito. Quando o Deter estava apontando indicativo de queda, ninguém questionou os dados. Agora, quando quando começa a crescer [o indicativo de desmatamento], começam a questionar, por quê? Qual interesse está por trás disso? Isso é que a gente precisa esclarecer. Essa argumentação precisa estar transparente”.

Flávio Montiel e a ministra Marina Silva estiveram nesta quinta-feira, em Belém, no Seminário de Avaliação e Planejamento das Ações de Monitoramento e Controle do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento, promovido pelo Ibama, que contou com a participação da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, do Exército e da Marinha.

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