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Maria Izabel e Guaraná Ralado viram símbolos de Mato Grosso

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A Assembleia Legislativa aprovou, ontem, o projeto de lei que declara a Maria Izabel como prato típico e o Guaraná Ralado como bebida símbolo de Mato Grosso. De autoria do deputado estadual Mauro Savi (PR), o projeto segue agora para a sanção do governador Silval Barbosa (PMDB).

Maria Izabel é um prato preparado com o arroz e a carne de sol, entre outros ingredientes encontrados em feiras regionais. Já o Guaraná Ralado é aquele ralado na hora e usado tradicionalmente por muitos em jejum com o objetivo de renovar energias, adquirir disposição e boa saúde. Pode-se dizer que a bebida é tão comum para os mato-grossenses quanto o cafezinho para os brasileiros.

Convencido da popularidade desses dois elementos da gastronomia mato-grossense, o parlamentar argumenta que somados às tradições, crenças, mitos, lendas e formas de expressão artística do povo mato-grossense, eles criam uma identidade própria regional que se diferencia do saber erudito, transmitido por livros e escolas.

A Maria Izabel, quando não vem acompanhada da, também famosa e saborosa, farofa de banana é conhecida como Carne com Arroz. Sua história se confunde com a colonização do Estado de Mato Grosso (século XVIII). O prato tornou-se típico da região da Baixada Cuiabana e Pantanal devido à grande produção de gado e à prática da secagem da carne para a sua conservação.

Existe nesse caso, um "parentesco" longínquo entre o Arroz Carreteiro e a Maria Izabel. Porém, enquanto o primeiro é originário de São Paulo e bastante utilizado na famosa "queima do alho" por peões na Festa de Barretos, a Maria Izabel é uma receita regionalizada.

Quanto ao guaraná, estima-se que por volta de 1812, quando o capitão Miguel João de Castro desceu os Rios Arinos e Tapajós, o guaraná, originário das tribos indígenas do Amazonas e do Pará, aportou por aqui. A partir desta data seu uso se consolidou no Norte de Mato Grosso. Hoje o Estado é o maior consumidor desse produto indígena.

Em todos os municípios mato-grossenses, o hábito de tomar o guaraná ralado em jejum tornou-se prática reiterada, sendo os municípios de Cuiabá e Nossa Senhora do Livramento, os maiores consumidores.

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