As costuras para a formação de uma chapa “de consenso” na disputa à mesa diretora da Assembleia Legislativa, em pleno andamento, passam pelo aval do governador eleito Pedro Taques (PDT). A declaração é do deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB), que deverá encabeçar chapa à presidência, tendo como primeiro-secretário Mauro Savi (PR). “Sou candidato do governador Pedro Taques e estou alinhado às políticas públicas que sob o novo gestor do Estado deverão reconstruir a administração”.
A posição de Maluf estaria embasada em encontro recente, contando com a presença de Taques, que teria validado a dobradinha entre situação e oposição a partir da próxima Legislatura, em 2015. As articulações entre Maluf e Savi contariam com aval de 16 parlamentares. Fonte destaca simpatia pelas conversações vindas do PDT, do deputado reeleito Zeca Viana e do deputado eleito Leonardo Albuquerque, além do DEM do deputado reeleito Dilmar Dal Bosco.
Maluf contaria com as bênçãos do governador pedetista por vários motivos. O principal é o fato de ser um político de “bom trânsito” entre a maioria das siglas no Estado. O estilo pacificador é visto como trunfo pelo novo governo, que conta teoricamente com 11 dos 24 deputados eleitos do grupo parceiro. Além disso, por ser um parlamentar indo para o terceiro mandato, o tucano é conhecedor das nuances da política e do funcionamento do Poder Legislativo. São fatores essenciais para um presidente do Poder, considerando os passos prometidos por Taques para 2015, como a reforma administrativa, que precisa passar pelo aval do Legislativo, bem como a maior parte das matérias de interesse do Executivo de Mato Grosso. Maluf pertence aos quadros do PSDB, partido aliado nas eleições de 2014, sob a presidência estadual do deputado federal reeleito, Nilson Leitão.
Taques também ganharia pontos com a oposição, porque Mauro Savi também é reconhecido pela habilidade de circulação entre partidos e condução de temas polêmicos. Savi também mantém sintonia com muitos aliados diretos de Taques, caso do megaempresário Eraí Maggi (PP).
As conversações, segundo fonte, projetariam a chance de vir a ocorrer consenso entre os 24 parlamentares, com novas investidas do grupo aliado a Taques, sob Maluf. “Queremos uma Assembleia sem atropelar o processo, na defesa de um Parlamento moderno, eficiente, solidário e atento aos apelos sociais. Isso sem perder o foco da fiscalização do Poder Executivo, mas sendo parceiro nas políticas do futuro governo que será empossado em 2015”, assinalou Maluf.