O presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Maluf (PSDB), apresentou, ao secretário de Segurança Pública, Mauro Zaque, o planejamento do fórum internacional que deve ser realizado em parceria com o Senado Federal para discutir a relação entre Brasil e Bolívia. Entre os assuntos que serão abordados no evento, está a segurança na fronteira seca, que tem 720 km de extensão. Maluf expôs sua intenção de promover um amplo debate com a Bolívia, sobre a segurança da fronteira, o tráfico de drogas na região, entre outros assuntos, como a questão sanitária no rebanho bovino, a situação dos médicos brasileiros que estudam na Bolívia.
“Esses assuntos serão abordados no fórum que estamos organizando junto com a Bolívia, para debater interesses dos dois países e buscar a aproximação. Também vamos trabalhar para que as obras do Aeroporto Marechal Rondon sejam concluídas e tenham vôos para a Bolívia e outros países”, disse o presidente.
O secretário classificou que o fórum organizado por Maluf é importante, pois a fronteira é um ponto de interesse estratégico para a segurança pública do Estado e não pode ser deixado em segundo plano. “Temos projetos para a fronteira e esse fórum só tem a agregar valor, com isso cresce todo o planejamento que já vem sendo feito para atender essa demanda. Hoje, temos o Gefron atuando, precisamos reforçar o efetivo, com meios, que são viaturas, armamento, investir em equipamentos de inteligência e trabalhar e cobrar o Governo Federal que entre com participação e assuma sua parcela de responsabilidade que é a proteção das nossas áreas de fronteira”, afirmou o secretário.
Zaque esteve na Assembleia para esclarecer os deputados estaduais sobre a distribuição dos 615 novos policiais militares pelo interior de Mato Grosso, anunciada em solenidade do Governo do Estado no dia anterior, e que foi criticada pelo deputado José Carlos do Pátio (SD), em função do envio de apenas 14 policias para Rondonópolis, sua base eleitoral.
O secretário argumentou que o edital do concurso público foi elaborado e publicado no ano passado, e o Governo do Estado está fazendo a distribuição com base na lei do certame, ou seja, o edital.
“Temos que seguir o edital, a lei, nós como agentes públicos não podemos nos omitir do dever de obedecer a lei, o edital é que determina quantos policias vão para cada lugar, não é o secretário ou o governador. O edital é lei no concurso, temos que obedecer”, afirmou Zaque.
O presidente do Legislativo lembrou que o secretário atendeu a solicitação dos deputados prontamente, fez a exposição da distribuição dos novos policiais, e os que não se sentiram satisfeitos vão propor políticas públicas para que haja a flexibilização nos futuros ingressos e de que forma serão distribuídos.
Líder do governo na Assembleia Legislativa, Wilson Santos (PSDB), reforçou que o Governo do Estado obedeceu critérios estabelecidos no edital feito no ano passado, pela gestão anterior. “Então, o secretário fica engessado. Foi estabelecido também que o mínimo de efeito para cada município é de cinco policiais”, disse.
Também participaram da reunião, os deputados Wancley Carvalho (PV), Gilmar Fabris (PSD), José Carlos do Pátio (SD), Pery Taborelli (PV), Sebastião Rezende (PR), José Domingos Fraga (PSD), Pedro Satélite (PSD).
A informação é da assessoria.