O conselheiro Guilherme Antonio Maluf, que está há pouco mais de um ano e seis meses à frente do Tribunal de Contas do Estado, destacou, em entrevista, à uma rádio, em Cuiabá, esta manhã, que melhorou relacionamento com os gestores e a atuação incisiva do órgão durante à pandemia da Covid. Para o presidente, a Corte de Contas vem cumprindo sua missão constitucional de promover o controle externo, fiscalizando com rigor e garantindo amparo técnico aos fiscalizados. “O saldo é positivo. O TCE olhou para frente e trabalhou muito. Assim como todos, tivemos que nos reinventar, mas conseguimos entregar o que determina a Constituição e o que a sociedade espera de um órgão de controle. Antigamente, os gestores tinham medo do Tribunal de Contas. Hoje, estamos muito mais próximos dos gestores. Intensificamos nossas ações de orientação, garantimos suporte técnico e auxílio aos fiscalizados na tomada de decisões no combate ao Coronavírus. Fizemos lives, palestras, cursos, capacitações e qualificações. Esse é o modelo do tribunal do futuro. Um tribunal que fiscaliza e orienta para garantir a boa aplicação do dinheiro público e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida à população”, afirmou, através da assessoria.
Na avaliação do conselheiro, essa atuação colaborativa implementada desde o início da pandemia no Brasil fez com que o Tribunal de Contas de Mato Grosso fosse essencial para a sociedade. “Criamos uma força-tarefa, orientamos os gestores, fiscalizamos os leitos, as filas de vacinação, lançamos o Radar Covid-19, com um monitoramento completo com os dados da doença, disponibilizamos um painel de leitos no Portal do TCE. Essa atuação contundente frente à pandemia foi a resposta que demos as necessidades dos mato-grossenses e que projetaram nacionalmente o Tribunal de Contas”
No ano passado, o TCE fez parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial para a manutenção de respiradores mecânicos sem condições de uso na rede pública hospitalar. “Só nesta ação investimos R$ 500 mil que asseguraram a recuperação dos equipamentos e, consequentemente, salvaram muitas vidas nos hospitais, que ainda podem utilizar os aparelhos”, concluiu o presidente.
Outra ação destacada pelo presidente foi na atuação in loco do TCE para acompanhar o combate às queimadas. Em julho, a equipe do órgão de controle esteve em Santa Cruz do Xingu, na última sexta-feira em Poconé e na terça-feira, em Santo Antônio do Leverger. “Percebemos que o Tribunal de Contas precisava avançar na auditoria de Meio Ambiente. Como somos um estado com número elevado de queimadas, as ações ambientais são enormes e o Tribunal de Contas não pode se furtar sobre este assunto. Construímos um comitê especializado em meio ambiente para acompanhar todas essas ações, sendo o segundo no país que tem a especialidade de auditoria em Meio Ambiente, a primeira foi criada no Amazonas”.
O presidente do TCE lembrou ainda dos compromissos assumidos no início de sua gestão e comentou os resultados alcançados. “É importante prestarmos essa conta. Cortamos na própria carne, reduzimos despesas com pessoal e hoje conseguirmos cumprir à Lei de Responsabilidade Fiscal. Ainda é preciso fazer muito, mas nesses quase dois anos os avanços na gestão foram significativos. Reduzimos despesas, mas, mesmo na pandemia, conseguimos nos manter produtivos e importantes”.
O conselheiro também enfatizou a construção de um ambiente harmonioso com os Poderes e Instituições. Foram firmadas parcerias importantes com o Tribunal de Justiça, com o Ministério Público Estadual, Assembleia Legislativa e o governo do Estado.
As informações são da assessoria do Tribunal de Contas.