A Igreja Universal do Reino de Deus divulgou nota nesta segunda-feira em que afirma que o dinheiro apreendido pela Polícia Federal hoje no aeroporto de Brasília “é resultado de doações de fiéis”.
Segundo a legislação, a igreja está isenta de pagar Imposto de Renda sobre doações.
A Polícia Federal deteve nesta manhã o deputado João Batista (PFL-SP) e mais seis pessoas, que transportavam sete malas, com um total de pelo menos R$ 6 milhões em notas de R$ 100, R$ 20, R$ 10 e até R$ 5. Na primeira mala, a Polícia Federal já contabilizou R$ 600 mil em notas de R$ 10.
Na nota, a Igreja Universal afirmou que centraliza o pagamento de despesas (impostos, aluguéis, empregados e contas de consumo) de todos os seus templos em sua sede nacional, no bairro paulista de Santo Amaro. A matriz também centraliza os controles contábeis e financeiros da igreja.
Segundo a Igreja Universal, “esta é uma decisão administrativa da IURD [Igreja Universal do Reino de Deus] em função da burocracia do sistema bancário” e que “o dinheiro transportado no avião, apreendido pela Polícia Federal hoje, tinha como finalidade o depósito em São Paulo para pagamento das despesas referidas anteriormente”.
Ainda segundo o comunicado, “o dinheiro é resultado de doações dos fiéis em uma comemoração especial ocorrida ontem nos templos da Igreja Universal. Sábado, dia 9 de julho, comemorou-se o 28º aniversário de existência da IURD”.
Embora não seja crime transportar dinheiro nacional no país, se alguém é flagrado com uma grande quantia, é necessário comprovar sua origem.
Para a Polícia Federal, a situação do deputado não é confortável, já que até agora ele não explicou sobre a origem do dinheiro. O único documento entregue até o momento foi uma carta assinada pelo próprio deputado que informa que o dinheiro é da igreja. No entendimento preliminar da polícia, a carta não tem validade legal.